Memória

Quinze anos depois, Fórmula 1 não esquece de Senna

Não parece, mas nesta sexta-feira faz exatos 15 anos que a humanidade perdeu Ayrton Senna. Apesar de já ter passado tanto tempo da trágica morte em Ímola, o ídolo brasileiro é reverenciado no Brasil, na Itália, no Japão e onde quer que existam fãs da Fórmula 1. E todos os profissionais da categoria ainda se recordam com enorme admiração de um dos maiores mitos do automobilismo.

“Lembro-me do silêncio em Ímola naquele dia, em sinal de dor e respeito pelo ocorrido”, revelou Stefano Domenicali, o principal diretor da Ferrari na atualidade, que estava naquela corrida 15 anos atrás. “Foi uma pena eu não ter tido a chance de trabalhar com ele”, comentou Ross Brawn, proprietário da Brawn GP, a melhor equipe da temporada 2009 até agora.

“Morreu fazendo o que mais gostava. Como a maioria dos pilotos, preferiria assim a um acidente aéreo, por exemplo”, disse Nelsinho Piquet, um dos três brasileiros que disputam atualmente o campeonato da Fórmula 1, ao lado de Felipe Massa e Rubens Barrichello, e que tentam seguir o legado de Senna.

Frank Williams ainda mantém nos carros de sua equipe Williams o “S” estilizado do nome Senna. “Nunca o esquecerei”, afirmou o dirigente inglês, dono da escuderia por onde corria o piloto brasileiro naquela fatídica temporada de 1994 da Fórmula 1. “Ayrton criou um novo padrão de referência para a pilotagem.”

“Foi o piloto mais rápido que já surgiu no automobilismo”, elogiou o francês Jean Alesi, que ficou muito tempo na Fórmula 1. “Lamento não ter vindo correr conosco, como tanto desejava. Teria sido fantástico a associação Senna/Ferrari”, revelou Luca di Montezemolo, o presidente da poderosa e vitoriosa escuderia italiana, lembrando uma das grandes frustrações da carreira do brasileiro.

“Um ser humano especial, um piloto excepcional, tanto que hoje, 15 anos depois, falamos muito nele”, afirmou Bernie Ecclestone, o promotor da Fórmula 1. “O meu ídolo nas pistas”, reconheceu o piloto inglês Lewis Hamilton, que é o atual campeão da categoria. “Chorei porque igualei o piloto mais rápido que vi”, explicou o já aposentado alemão Michael Schumacher, dono de sete títulos mundiais, quando igualou o número de 41 vitórias de Senna, na temporada de 2000.

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