Em sua primeira entrevista como vice-presidente de futebol do São Paulo, Ataíde Gil Guerreiro fez questão de mostrar autoridade e disse que ele tomará conta de todo o departamento. Recém-empossado pelo presidente Carlos Miguel Aidar, ele diz que não tolerará palpites de outras pessoas no departamento e mostrou que o setor deve ganhar uma cara mais dura de agora em diante.
“O que não abro mão é de autoridade, não aceito pessoas dando palpite no futebol a partir de agora. É do temperamento. No futebol, quem manda a partir de hoje sou eu. Só dou satisfação a uma pessoa, ao presidente. Não admito interferência e ele me deu liberdade”, disse o dirigente.
A mudança de postura do departamento é um desejo particular de Aidar para que ele sofra menos interferências externas como chegou a acontecer na época de Juvenal Juvêncio. O ex-presidente tinha um ciclo pequeno de influência, mas ainda assim era diversas vezes abordado por diretores para falar sobre contratações e em muitos momentos acabou contrariando as próprias vontades, como por exemplo quando renovou contrato com Denilson, de quem nunca gostou.
A primeira atitude de Ataíde será uma conversa com Muricy Ramalho na segunda-feira para avaliar o elenco para o segundo semestre. O técnico diz que ainda faltam peças para deixar o São Paulo em condições de disputar o título e o clube já procura jogadores no mercado.
“Quem vai comandar o processo é o Muricy. Ele que vai dizer o que precisamos para o time ser campeão Brasileiro. Não dou palpite, vou fazer o que ele quiser. Se ele disser que está tudo ótimo, não vamos atrás de ninguém. Se ele disser que faltam uma ou duas peças, vamos atrás.”
O restante do departamento será mantido. Dessa forma, Rubens Moreno segue como diretor de futebol e Gustavo Vieira de Oliveira continuará como gerente executivo. O sobrinho de Raí centralizará as negociações com reforços como já vinha fazendo anteriormente.