O Irã não depende apenas de si para passar de fase no Grupo F, mas a combinação de resultados passa longe de ser improvável: basta uma vitória simples sobre a Bósnia-Herzegovina, nesta quarta-feira, às 13 horas, na Arena Fonte Nova, em Salvador, e uma derrota da Nigéria para a Argentina que a equipe conseguirá o feito, apontado como muito difícil antes do Mundial.
“Estamos tentando nos classificar apesar da descrença das pessoas; eu lembro de quando cheguei aqui ninguém falava do Irã, só falavam dos demais. As pessoas pensam que é impossível, mas deixem-nos sonhar. Vamos jogar uma final amanhã (quarta) com o sonho de nos classificar”, disse o técnico Carlos Queiroz.
Os iranianos protagonizaram um dos piores jogos da Copa contra a Nigéria, mas surpreenderam ao fazer frente à Argentina e endurecer o jogo. Não fosse o golaço de Messi nos acréscimos, a equipe do Oriente Médio teria conquistado um empate por 0 a 0 – os iranianos ainda reclamam de um pênalti de Zabaleta em Dejagah quando a partida estava empatada.
Apesar de precisar da vitória, Queiroz não pretende mudar a forma da equipe jogar na Arena Fonte Nova, portanto a expectativa é de uma aposta em uma defesa firme e saídas em contra-ataques da mesma forma como aconteceu no Mineirão.
Para o técnico, é preciso ter os pés no chão e reconhecer que o Irã é azarão na disputa. “Não acho que nada deve mudar no nosso jogo, é importante não perder o senso de realidade, quem somos e contra quem estamos jogando. Nosso adversário tem jogadores com experiência internacional e nos últimos jogos criamos oportunidades e poderíamos ter vencido, especialmente no jogo contra a Argentina”.