Mais do que uma possível ameaça de Grêmio e Santos, o Corinthians tem outro problema, tão ou mais delicado, para administrar. Os jogadores que formam o alicerce do esquema tático de Fábio Carille caíram de rendimento no segundo turno do Campeonato Brasileiro e o reflexo deste fato são os resultados ruins.

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Jadson, Rodriguinho e Guilherme Arana estão entre os atletas que mais inspiram cuidados. Carille, assim como seu professor, Tite, cria uma relação de confiança com seus titulares e vai até o limite com eles. Assim, o treinador não demonstra intenção de mexer na equipe.

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Marquinhos Gabriel e Clayson chegaram a ser testados em alguns treinamentos no CT Joaquim Grava, mas o técnico decidiu manter a aposta em seus “homens de confiança”.

Dois motivos que podem ajudar a explicar a queda de rendimento do trio são a condição física e o futuro deles. Jadson ficou um mês sem jogar por causa de uma fratura na costela.

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Arana também esteve fora pelo mesmo período, em decorrência de dores na coxa direita. Já Rodriguinho luta contra uma tendinite no joelho esquerdo.

A possibilidade de negociação ao final da temporada, por mais que os atletas digam que procuram se afastar do assunto, também é algo que influencia. Representantes do Sevilla estiveram no Brasil recentemente para tentar acertar a compra de Arana e levá-lo em dezembro. Outros clubes da Europa também já tentaram levá-lo. Rodriguinho voltou a ser sondado por clubes da Turquia e pode sair em breve. O risco atinge outros atletas e a diretoria admite que deve negociar alguns dos principais jogadores.

Carille terá de fazer o time reagir na base da conversa, já que praticamente não conseguirá dar treinos. Entre o confronto com o Bahia e o com o Grêmio, por exemplo, o time fará apenas um treino no CT Joaquim Grava, nesta terça-feira à tarde. O elenco alvinegro retornou para São Paulo no fim da tarde desta segunda-feira e não realizou nenhuma atividade ao longo do dia.

A defesa, setor mais sólido durante a campanha no primeiro turno, também requer atenção. Em nove jogos no returno, o Corinthians já igualou a quantidade de gols sofridos – nove – em toda primeira metade da competição.