Todos estão de olho em Neymar. Após marcar os quatro gols da vitória por 4 a 2 do Brasil sobre o Paraguai, na estreia da seleção no Campeonato Sul-Americano Sub-20, em atuação que o próprio atacante considerou uma das melhores de sua curta carreira, o camisa 7 é o centro das atenções do segundo desafio da equipe de Ney Franco, marcado para o começo da madrugada desta sexta (às 0h10, de Brasília), contra a Colômbia, no Estádio Jorge Basadre, em Tacna, no Peru. O Brasil lidera o Grupo B, com três pontos. Os colombianos têm um, após o empate por 1 a 1 com o Equador. Campeão e vice se classificam para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, enquanto os quatro primeiros garantem vaga no Mundial da categoria, em julho, na Colômbia.

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O primeiro jogo deixou algumas lições para a comissão técnica brasileira. A primeira, que de certa forma já era esperada, é que os adversários sul-americanos não economizarão pancadas para parar o atual líder da chave. E a maior preocupação é com Neymar. “Já orientamos nossos jogadores sobre a pegada mais forte quando disputam competições continentais. E o primeiro jogo, contra os paraguaios, mostrou isso”, observou Ney Franco. “Temos de ter tranquilidade para não cair nessa catimba.”

Neymar não parece preocupado com o clima ameaçador. O craque do Santos usou frase dita por Lucas, atacante do São Paulo e que também defende a seleção no Peru, para explicar a melhor forma de reagir a uma eventual violência colombiana. “Quanto mais eles batem, mais a gente joga”, disse o destaque da competição. “Vamos fazer como sempre fizemos, responderemos com gols. Ninguém aqui tem medo de cara feia.”

O segundo ensinamento do primeiro confronto foi em relação ao desempenho da defesa. O posicionamento se mostrou falho nos dois gols sofridos e os jogadores do setor parecem conversar pouco quando a bola está em jogo. Ney Franco contemporizou em favor de seus atletas, mas deu atenção especial à zaga durante os treinos. “Tivemos mesmo algumas dificuldades de posicionamento ali atrás”, admitiu. “Mas isso ocorreu após a expulsão do Zé Roberto. Era ele o encarregado de marcar o jogador paraguaio que fez o primeiro gol. Quando ele saiu, ninguém ocupou aquele espaço.”

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