O presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou como “injusta” a decisão anunciada nesta sexta-feira pela Associação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) de proibir a participação da equipe russa nos Jogos Olímpicos do Rio, em razão do sistemático programa de doping do esporte no país.
A decisão, considerada sem precedentes e carregada de ramificações geopolíticas, foi adotada porque a IAAF considerou que o país evoluiu no seu processo de limpeza, mas não cumpriu com os requerimentos necessárias para ter a punição cancelada.
Putin disse durante uma reunião com líderes das principais agências noticiosas internacionais em São Petersburgo, que os atletas que competem sem se dopar “não deveriam sofrer”.
A Rússia não aceita “o castigo coletivo” para todos os atletas, acrescentou Putin. O presidente comparou a punição para toda a equipe com uma sentença de prisão para “toda uma família” no caso de apenas um dos seus membros ter cometido um crime.
“Espero que encontremos uma solução, mas isso não significa que fiquemos ofendidos e deixaremos de combater o doping. Ao contrário, intensificaremos nossa luta contra o doping”, acrescentou o presidente.
Já Sebastian Coe, presidente da IAAF, defendeu a punição adotada. “Os atletas russos não podem retornar de maneira crível às competições internacionais sem prejudicar a confiança do público e dos competidores”, afirmou.