Os pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux, de 25 anos, e Erislandy Lara, de 24, que desertaram dia 21 de julho durante os Jogos Pan-Americanos do Rio, estavam em Praia Seca, no município de Araruama, a 90 quilômetros do Rio. Foram presos no fim da tarde de quarta-feira e, à noite, em depoimento na sede da Polícia Federal, em Niterói, manifestaram o desejo de voltar ao seu país de acordo com o delegado Felício Laterça. Por enquanto, ficarão em liberdade vigiada.
Em Araruama, os dentes de ouro de Rigondeaux, as jóias que ele e Lara exibiam e o dinheiro que gastaram chamaram a atenção dos moradores da cidade de 80 mil pessoas. Um telefonema à Polícia Militar revelou o paradeiro dos campeões de boxe. Eles foram presos por volta das 17 horas, quando viam o pôr-do-sol na Praia Seca, por policiais do 25º Batalhão da PM (Cabo Frio).
Rigondeaux, bicampeão olímpico dos pesos-galo, e Lara, campeão mundial dos meio-médios, não reagiram à prisão. E contaram que conheceram o alemão Thomas Doering, que os dopou e os levou da Vila Pan-Americana. Doering tentava convencê-los a mudar-se para a Alemanha, mas garantiram ter resistido às propostas. Como não conheciam o Rio, acabaram perdidos. Disseram ter passado por Itaipuaçu e Maricá, também na Região dos Lagos, antes de chegar a Araruama. A polícia não localizou o alemão.