O Mundial de Atletismo está sendo realizado com as arquibancadas do Estádio Luzhniki, em Moscou, quase sempre vazias. Os atletas que participam da competição não reclamam da estrutura oferecida, mas lamentam a falta de uma atmosfera mais vibrante. “Isso está morto, não há ambiente”, disse o dominicano Félix Sánchez, campeão olímpico nos 400 metros com barreiras.

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Segundo organizadores, na sessão da manhã de segunda-feira, apenas 9.350 pessoas compareceram ao estádio, que tem capacidade para 81 mil espectadores, mas foi reconfigurado para receber até 50 mil na principal competição de atletismo. “É uma magnífica sede, pena que não há ninguém”, indicou o norte-americano Ashton Eaton, campeão na disputa do decatlo.

“Se comparar com Londres no ano passado, é como o dia e a noite”, disse Sánchez, em referência ao clima efervescente na disputa do atletismo na última edição dos Jogos Olímpicos.

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O estádio de Moscou não lotou nem na vitória Usain Bolt nos 100 metros, considerada a principal prova do atletismo, no último domingo. Segundo os organizadores, 40.461 espectadores assistiram o jamaicano, um dos mais carismáticos esportistas do mundo, recuperar o título que havia perdido dois anos antes por queimar uma largada.

Os preços dos ingressos não são considerados proibitivos, tanto que o mais barato custa 100 rublos, aproximadamente US$ 3 (aproximadamente R$ 6,90). Assim, o vice-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo, Sergei Bubka, apontou o clima como o vilão. “Faz calor, com dias ensolarados”, disse. “Me consta que os moscovitas vão para suas casas de campo, passando o dia ao ar livre”.

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O baixo público não é um bom sinal para a Rússia, que sediará grandes competições nos próximos anos. Em fevereiro, Sochi receberá a Olimpíada de Inverno. O Mundial de Esportes Aquáticos de 2015 será em Kazan, enquanto a Copa do Mundo de 2018 está marcada para o país.