Público igual ao do Couto Pereira em 1983, Curitiba nunca mais verá

Público igual àquele no Couto Pereira, em 1983, Curitiba nunca mais verá. Com o passar dos anos, os estádios foram diminuindo seus tamanhos, muito por conta das exigências da Fifa, e também por questão de segurança. Antigamente, qualquer espaço nas arquibancadas servia como lugar para o torcedor se acomodar. Atualmente, a maior parte dos setores contam com cadeiras – o que diminuiu o espaço físico – e as pessoas acompanham mais as partidas sentadas do que em pé.

Como um comparativo, mesmo com a Copa do Mundo do ano que vem sendo realizada no Brasil, apenas dois estádios no país comportariam os 65.493 torcedores que foram ao Couto Pereira 30 anos atrás: o Maracanã, que tem uma capacidade de 79 mil lugares, e o Mané Garrincha, em Brasília, que comporta 70 mil pessoas.

Para o ex-meio-campo Assis, que atuou durante muitos anos no Fluminense e viu várias vezes o Maracanã com mais de 100 mil pessoas, esta evolução do futebol tirou um pouco da alegria do esporte. De acordo com ele, a emoção nos estádios diminuirá bastante. “É um público que não vai ser alcançado nunca mais. Hoje não tem mais como, infelizmente. Faz falta tanta gente assim. O Maracanã mesmo não tem mais geral e aquilo é que era legal. Agora vai ser mais comportado, com menos emoção, o torcedor fica muito distante do jogador”, disse.

Além disso, os estádios no Paraná encolheram e hoje nenhum comporta mais do que 35 mil torcedores. O último grande público acima de 40 mil foi na final do Paranaense de 2003, quando 47.208 coxas-brancas viram a equipe vencer o Paranavaí por 2 x 0, no Couto Pereira, e ser campeão. Na final da Copa do Brasil de 2011, quando o Alviverde venceu o Vasco por 3 x 2, 31.516 torcedores foram ao estádio, menos da metade do que o confronto de 1983. Ainda assim, o Couto estava completamente lotado. Graças à nova era do futebol.

A diferença está na renda. Enquanto 30 anos atrás o Furacão lucrou algo em torno de R$ 53.183,00 (conversão dos Cr$ 51.707.900) o Coxa, dois anos atrás, faturou R$ 892.600.

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