Eindhoven, Holanda – Ontem, quando entrou em campo ao lado de Romário para o amistoso da seleção contra a Guatemala, na festa dos 40 anos da TV Globo, Robinho estava observando o seu companheiro de ataque em ação.

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Mas, para o jogador do Santos, cuja ida para o exterior se transformou numa questão de "quando", há ensinamentos também na maneira como Romário traçou sua carreira internacional. Quando deixou o Vasco, em 1988, o destino do Baixinho não foi nenhuma praça européia mais famosa, mas o PSV, da Holanda.

Romário passou cinco anos nos gramados holandeses e de lá saiu em 1993 para o Barcelona, como um dos maiores atacantes do mundo. Ronaldo seguiu o mesmo caminho ao deixar o Cruzeiro, em 1994. E é com esse cartão de visitas que o PSV espera seduzir Robinho a fazer de Eindhoven, e não Madri, seu destino na Europa. A imprensa holandesa divulgou um ambicioso plano do clube para atravessar as negociações do Real Madrid. A passagem para as semifinais da Liga dos Campeões ? hoje o time enfrenta o Milan ? garantiu injeção de caixa que permitirá ao PSV fazer uma proposta de US$ 15 milhões.

O valor não é nada astronômico, mas o PSV estaria disposto a jogar mais alto, pois existem conversações para uma operação triangular envolvendo o Chelsea, do bilionário russo Roman Abramovich.

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? Outros times podem ter mais dinheiro que o PSV, mas nosso clube oferece aos brasileiros uma chance de se habituar ao futebol e à vida na Europa sem as mesmas pressões de ligas como a espanhola e a italiana. Não preciso lembrar que isso funcionou muito bem no caso do Romário e do Ronaldo ? afirma Stan Valckx, diretor de futebol do PSV e ex-companheiro do Baixinho.

O PSV opera com bastante lucro, sobretudo com as vendas de jogadores. Um exemplo é o atacante Van Nilsterooy, vendido em 2001 para o Manchester por US$ 30 milhões. Em 2004, faturou US$ 34 milhões com a venda de Kezman e Robben. Não por acaso, os dois foram para o Chelsea.

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Ronaldo enfatiza importância do clube holandês

Eindhoven – Ronaldo até hoje é grato ao PSV por sua adaptação ao futebol europeu, após trocar o Cruzeiro pelo clube holandês, em 1994. Ele afirma ainda que, se tivesse ido para uma liga como a da Espanha ou a da Itália, talvez não tivesse feito tanto sucesso:

? Não chega a ser um super-clube, mas tem ótima estrutura e, para começar a se adaptar na Europa, é ótimo. Vários jogadores se firmaram na Europa a partir da passagem pelo PSV. Talvez, se eu tivesse ido diretamente para um clube de um centro maior, as coisas não tivessem ido tão bem para mim. Me deram confiança e tiveram paciência até eu me adaptar ? comenta o atacante do Real Madrid.

Mas não apenas pela presença de jogadores verde-amarelos que Eindhoven pode ser chamada de a capital brasileira da Holanda. A cidade é considerada a mais simpática do país. O maior exemplo é o centro de treinamento do clube, em que os vários campos bem cuidados chamam tanto a atenção quanto a ausência de guaritas ou mesmo porteiros. Público e imprensa transitam livremente pelo local, em contato direto com os jogadores.