Protestos anti-Copa em SP têm 128 pessoas detidas

A Polícia Militar de São Paulo informou que, até às 22h deste sábado, 128 pessoas haviam sido presas na capital paulista por conta dos atos de vandalismo e depredação durante os protestos contra a Copa do Mundo. A maior parte deste grupo teria sido capturada dentro de hotéis na Rua Augusta, na região central.

De acordo com o Twitter oficial do órgão, 108 pessoas foram detidas pela Tropa de Choque e 20 pelo policiamento de área. Quando um Fusca com pessoas dentro pegou fogo depois de passar sobre um colchão em chamas na Rua Xavier de Toledo, alguns manifestantes subiram a Rua Augusta. Encurralados pela polícia, entraram em dois hotéis: Linson e Bristol. O Tropa de Choque foi ao local com um ônibus para prendê-los.

Ainda segundo o balanço da Polícia Militar, publicado às 22h deste sábado, três agências bancárias e uma viatura da Guarda Civil Municipal foram “vandalizadas”. O balanço ainda inclui o Fusca que foi totalmente destruído pelo fogo.

PROTESTOS – A manifestação começou pacífica na Av. Paulista. Pouco antes das 17 horas, jovens leram um manifesto aos policiais no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), onde estavam concentrados desde a madrugada de sexta-feira. Em troca, a PM não enfrentou resistência para revistar barracas armadas pelos manifestantes.

Por volta das 17h30, cerca de mil pessoas ocuparam a Avenida Paulista e fecharam os dois sentidos da via. Em seguida, com os black blocs na dianteira, a manifestação desceu a Avenida Brigadeiro Luís Antônio gritando palavras de ordem contra a o Mundial. Assustados, vários comerciantes fecharam as portas quando a multidão se aproximava.

Os confrontos se iniciaram na Rua Barão de Itapetininga, na região do Theatro Municipal. Os manifestantes começaram a depredar estabelecimentos comerciais no centro de São Paulo, por volta das 20 horas.

A primeiro loja a ser atacada foi um McDonald’s. Os policiais fizeram uma barreira para tentar proteger o restaurante e os manifestantes começaram a correr e destruir agências bancárias pelo caminho. Somente na Rua 7 de Abril, a reportagem presenciou o ataque a três agências – número que bate com o da PM.

Os manifestantes colocaram fogo em terminais de atendimento dentro das agências, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco. Houve início de incêndio. Os black blocs correram em direção dos PMs e lançaram até coquetel molotov.

A PM fez um cordão de isolamento para impedir que os manifestantes fossem para a Praça da República, onde acontece o principal show dos 460 anos da cidade de São Paulo. O clima é tenso na região. Manifestantes jogaram latas e garrafas contra o público e ao menos duas pessoas ficaram feridas. O tumulto ocorreu no intervalo entre os shows de Paulinho da Viola e Opalas.

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