Protesto contra o racismo

Roma – O protesto do jogador Zoro, do Messina, que interrompeu o jogo de domingo contra a Inter para reclamar dos insultos racistas que estava recebendo dos torcedores do time de Milão, teve grande repercussão na Itália e comoveu os dirigentes da Federação Italiana de Futebol. Ontem, a entidade anunciou que todos os jogos do meio de semana pela Copa da Itália e do fim de semana pelo Campeonato Italiano começarão com cinco minutos de atraso para que os jogadores exibam cartazes com a inscrição "Não ao racismo".

"O futebol italiano é contra o racismo e espera reafirmar essa posição com essa grande iniciativa de protesto que envolve a todo o mundo do futebol", diz o comunicado divulgado pela federação.

Zoro, que nasceu na Costa do Marfim, parou o jogo de domingo aos 20 minutos do segundo tempo. Ele pegou a bola com as mãos, dirigiu-se ao quarto árbitro e disse que abandonaria a partida se continuasse a ser ofendido pelos torcedores da Inter, que imitavam macacos toda vez que ele tocava na bola. Jogadores como Adriano e o nigeriano Martins, ambos da Inter, o convenceram a ficar em campo. "Os que fazem isso não gostam de futebol, são animais. É preciso parar com isso, eu não agüento mais ser ofendido em todo lugar onde vou jogar", disse Zoro.

Depois da partida, o presidente da Inter, Giacinto Facchetti, desculpou-se publicamente com o jogador pelo comportamento de uma parte da torcida do clube. Amanhã, a Comissão Disciplinar da Federação se reunirá para decidir se a Inter será punida.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo