Rio – O promotor do Ministério Público (MP), Rodrigo Terra, estuda a possibilidade de, entre outras medidas, requerer à Justiça a prisão do presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, por crime de desobediência. O motivo: a Ferj divulgou duas tabelas completamente diferentes para o Campeonato Carioca de 2007, cuja rodada inicial será disputada no dia 24 de janeiro. A primeira conta com 12 equipes e a segunda, com 16.

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A medida da Ferj, inédita no futebol carioca, foi tomada para cumprir uma determinação do Estatuto do Torcedor, na qual as tabelas têm de ser divulgadas até dois meses antes do início das competições. A razão da confusão é a criação de uma seletiva que classificaria quatro times para disputar a primeira divisão do Carioca em 2007.

Inicialmente, o promotor informou que pediria à Justiça a prisão do presidente da Ferj. Depois, ele recuou, mas não descartou essa possibilidade. Disse que precisaria analisar documentos para tomar tal atitude. ?Ainda não decidi a que medida recorrerei. Posso pedir que ele pague multa diária de R$ 10 mil por descumprir a decisão judicial. Mas aviso que não vou aceitar 16 clubes de jeito nenhum?, avisou Terra.

Transparência

O Ministério Público entrou com ação na Justiça questionando a legalidade da seletiva, encerrada no último fim de semana, porque não considera transparente o critério de escolha das equipes participantes do torneio. O MP alega que a Portuguesa, rebaixada para a Série B em 2006, não tem o direito de voltar à elite do futebol carioca.

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Além da Portuguesa, Bangu, Olaria e Macaé vão disputar a Série A do Carioca se a seletiva não for anulada pela Justiça.

O Goytacaz terminou o torneio entre os quatro primeiros colocados, mas perdeu 12 pontos por ter escalado dois jogadores em situação irregular, informou a Ferj -mas a diretoria do time de Campos vai recorrer da decisão.

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