O promotor anti-doping do Comitê Olímpico Italiano, Tammaro Maiello, apresentou denúncia nesta segunda-feira para que o ciclista Danilo Di Luca, campeão do Giro D’Itália de 2007, seja banido do esporte depois do seu terceiro caso de doping em seis anos. A decisão final sobre o caso será dado pelo tribunal antio-doping do comitê.
Aos 37 anos, Di Luca testou positivo para a chamada dopagem sanguínea num teste realizado em abril, apenas cinco dias antes do Giro deste ano. Ouvido pelo promotor no mês passado, o ciclista não negou o doping e apenas disse que o caso “não vai mudar muito” para os seus fãs.
O doping foi anunciado já na reta final do Giro e fez Di Luca não apenas ser expulso do hotel da sua equipe, a Vini Fantini, que o demitiu, como tornou ele alvo de críticas vindas de todos os lados.
“Danilo traiu o ciclismo, mais uma vez”, disse na ocasião Mauro Vegni, diretor do Giro D’Itáia. “Mas estou feliz que não seja um jovem ciclista. Danilo pertence a uma geração que competiu através do sistema de doping”.
“Di Luca é um idiota. Eu nunca quis ele”, disse Luca Scinto, diretor da Vini Fantini. “Di Luca está doente. Ele precisa ser ajudado”, completou, garantindo que foi contra a chegada do ciclista, uma semana antes do começo do Giro.
A primeira punição ao italiano aconteceu em 2007, porque ele fez visitas regulares a Carlo Santuccione, um psicanalista que foi pivô de uma longa investigação sobre o doping no esporte. Na ocasião, não foi provado que Di Luca se dopava.
Depois, em 2009, o ciclista levou dois anos de suspensão ao testar positivo para CERA, uma avançada forma de EPO (o hormônio eritropoietina). A punição, no entanto, foi reduzida a sete meses porque Di Luca colaborou com as investigações.