O promotor Gerrie Nel pediu nesta terça-feira, em mais um dia do julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato de Reeva Steenkamp, que o atleta paralímpico seja colocado sob avaliação psiquiátrica em um hospital durante 30 dias após um especialista declarar que o astro sul-africano sofre de um grave transtorno de ansiedade.

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Nel fez o pedido na sequência do testemunho dado na última segunda-feira por Merryll Vorster, um psiquiatra apresentado pela defesa. Vorster declarou que a desordem por ele diagnosticada em Pistorius pode ter desempenhado um papel fundamental no seu ato de disparar contra Reeva, a sua namorada, em 14 de fevereiro de 2013.

O promotor reconheceu nesta terça-feira que a avaliação do estado psicológico de Pistorius pode significar mais um adiamento do julgamento, iniciado em 3 de março. A juíza Thokozile Masipa, então, afirmou que vai se pronunciar sobre a solicitação de Nel na manhã desta quarta-feira.

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Nel questionou a razão para a defesa optar pelo depoimento de um psiquiatra. O promotor, inclusive, insinuou que os advogados de Pistorius estão tentando forçar a ideia de que uma doença contribuiu para os disparos, com a intenção de que o atleta paralímpico tenha menos responsabilidade sobre o assassinato. Assim, Nel tenta repelir qualquer tentativa da defesa de mostrar que o júri deveria ser condescendente com Pistorius em razão de sua suposta condição mental, que teria afetado os seus atos.

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Pistorius afirma que confundiu Reeva com um intruso quando ele atirou através da porta fechada do banheiro da sua residência. Já os promotores defendem que ele matou a sua namorada após uma discussão.