Com a proposta de demolir o tobogã para construir dois prédios com restaurantes, escritórios e hotel, o projeto do consórcio integrado pela empresa do ex-jogador e dirigente são-paulino Raí foi o único aprovado pelos órgãos de proteção ao patrimônio de São Paulo para a concessão do estádio do Pacaembu à iniciativa privada.
Os conselhos de preservação municipal e estadual afirmaram que as ideias apresentadas pelo consórcio Novo Pacaembu são as “mais compatíveis” com o estádio, o complexo esportivo vizinho e o próprio bairro, todos tombados como patrimônio histórico. Os prédios serão envidraçados e suspensos, permitindo uma integração entre o setor do campo com o das quadras e piscina.
Agora, o projeto de Raí deve servir de base para a Prefeitura abrir a licitação de concessão do estádio municipal por até 35 anos. O edital deve ser lançado ainda este mês para consulta pública pelo prefeito João Doria (PSDB). Qualquer empresa poderá participar da disputa, inclusive a do dirigente tricolor, e o vencedor terá de reembolsar o consórcio de Raí pelas ideias utilizadas pela Prefeitura.
Além da demolição do tobogã, que deve reduzir a capacidade do Pacaembu em quase 12 mil lugares – de 40 mil para 28 mil torcedores, o projeto de Raí e de um grupo de investidores prevê a cobertura das arquibancadas centrais – a cobertura total do estádio também será permitida – , uma praça pública e a inserção de uma nova concha acústica para eventos, retirada na década de 1970 para a construção do tobogã.