Professor versus aluno. Numa análise geral é assim que pode ser definido o perfil dos treinadores que se enfrentarão pela primeira vez em Atletibas amanhã, às 16h, no Couto Pereira. Do lado rubro-negro estará Geninho, com mais experiência e um título nacional na bagagem.
Do lado alviverde, Dorival Júnior, apontado como um dos mais promissores técnicos da nova geração. E o mais interessante desse reencontro é que Geninho já foi comandante de Dorival, em 1998, na Matonense, do interior paulista.
Mas a rivalidade profissional não diminui em nada a amizade entre os dois. Geninho, inclusive, rasgou elogios ao “adversário” quando perguntado se era viável esconder a escalação do Furacão para domingo.
“O Júnior é uma pessoa muito inteligente, estudioso. Tenho a felicidade de ser amigo pessoal dele e uma convivência muito boa. Júnior chegou a ser meu jogador na Matonense”, confidenciou Geninho.
Preparação
Mas clássico é clássico, amizade à parte. E, assim, o Atlético vai ao Couto com a missão de estragar a festa alviverde e dar continuidade à reação no campeonato sob o comando de Geninho. Nas últimas duas partidas, o Furacão conseguiu pontuar e, ao menos, não retornou à zona de rebaixamento, o que é importante nesta fase da competição.
Para amanhã, o time tem em mente um único objetivo: mudar o roteiro que tem sido seguido à risca nos últimos quatro meses de jogar como visitante e perder. Em 12 partidas fora da Arena, o Atlético foi derrotado nas últimas 11.
“Depois do jogo do Goiás (última derrota como visitante) a atitude do time já mudou. Lavamos a roupa suja e houve uma melhora. Não podemos deixar o ritmo cair. Se conseguirmos uma vitória diante do rival é um grande passo para essa nossa caminhada que é longa”, afirmou o volante Fernando, que retorna a titularidade no clássico.
Problemas
Entretanto para reverter esse quadro de derrotas como visitante, o treinador rubro-negro terá problemas para escalar sua equipe. Júlio César não treinou ontem e praticamente está vetado para a partida.
Outra dúvida, de última hora, apareceu na lateral direita. O titular Alberto sentiu dores na coxa direita e foi poupado. Como os suplentes que atuaram no México – na última quarta-feira – chegaram ao CT do Caju às 17h30 de ontem, somente no treinamento de hoje é que Geninho terá os atletas disponíveis para a definição do grupo que enfrentará o Coxa. No mini-coletivo também será definido quem formará o trio de zagueiros ao lado de Danilo e Rhodolfo.
Apesar destes problemas e da situação desfavorável na tabela em relação ao rival, Geninho não passa o favoritismo para o Coritiba. “O clássico às vezes iguala as coisas. Existe motivação diferente. A própria torcida tem motivação diferente. Envolve a rivalidade doméstica. Acho que hoje é difícil você dar um favoritismo, a não ser que haja uma diferença de qualidade muito flagrante em relação às equipes. Hoje temos que ter consciência de que a campanha do Coritiba é melhor e talvez viva um momento melhor. Se isso for levado em conta há um favoritismo para o adversário. Mas em clássico, às vezes, isso não conta”, afirmou Geninho.