É abuso!

Procon quer brecar alta nos preços dos ingressos do Atlético

A intenção da diretoria do Atlético em aumentar o preço dos ingressos para os jogos do Rubro-Negro no Campeonato Brasileiro pode cair por terra nos próximos dias. O Procon-PR entrou na jogada e solicitou, ontem à tarde, que o Furacão volte a cobrar os valores antigos do bilhete avulso por partida e que os associados atleticanos não precisem desembolsar uma quantia extra para acompanhar as partidas no setor coberto da Vila Capanema, local onde o clube vai mandar seus jogos a partir de amanhã.

O Procon-PR fez o pedido junto ao departamento jurídico do Atlético, que passou a solicitação para o presidente do clube, Mário Celso Petraglia. Porém, até ontem à noite, o clube não havia passado nenhum posicionamento ao Procon-PR. De duas, uma: ou os preços dos ingressos reduzem ou o Atlético, além de contar com cada vez menos torcedores acompanhando seus jogos, pode responder um processo administrativo no organismos de defesa do consumidor.

A coordenadora do Procon-PR, Cláudia Silvano, garantiu que o aumento não tem justificativa e é abusivo ao bolso do torcedor atleticano. “Pedimos uma resposta do Atlético quanto a esse aumento. Para nós, majorar o valor dos ingressos não tem justificativa. Então, pedimos que volte a ser cobrado o valor anterior. Entendemos ser prática abusiva aumentar o preço para assistir aos jogos do Atlético”, explicou.

Se não acatar a decisão do Procon-PR, o Atlético pode ser processado pelo organismo de defesa do consumidor. “Estamos aguardando que eles voltem a cobrar os valores antigos. Se isso não acontecer, vamos entrar com um processo administrativo de ofício, que é um procedimento que o próprio órgão dá a entrada independente(mente) se houve reclamação”, frisou.

O aumento no valor do ingresso de R$ 100 para R$ 150, além da cobrança de R$ 50 dos associados para assistir aos jogos em locais cobertos, na Vila Capanema, é uma tentativa do clube de compensar o fato de ter de pagar R$ 70 mil por jogo de aluguel ao Paraná Clube. A diretoria atleticana alega não ter como arcar com esse pagamento sem a contribuição extra do torcedor.

Porém, este aumento abusivo não pegou bem entre os torcedores atleticanos. Pelas redes sociais os protestos foram inúmeros. “A gente já está pagando um valor alto para não ter nenhum conforto nos jogos que são realizados na Vila Capanema e agora temos que pagar a mais para poder sentar nos lugares cobertos do estádio”, comentou um torcedor, unindo-se às vozes contrárias. Também não faltou ironia. Outros rubro-negros cunharam a ideia de “Sócio Otário Furacão”.