Chegou na terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) processo movido pelo Ministério Público Federal contra quatro dirigentes do Corinthians: o presidente Roberto de Andrade, o vice-presidente André Negão, o superintendente de futebol e deputado federal Andrés Sanchez e o ex-diretor financeiro Raul Corrêa.

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O quarteto é acusado de crimes contra o patrimônio e apropriação indébita previdenciária por não recolher impostos corretamente. O processo tem 588 folhas e será julgado pelo ministro Roberto Barroso.

No ano passado, a Justiça federal aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e o valor do débito, incluindo juros e correção monetária, era de R$ 94,3 milhões. O clube não teria pago impostos referentes aos vencimentos de funcionários, empresas terceirizadas e prestadores de serviço. A diretoria do Corinthians, então, anunciou que foi feito um acordo com um plano de pagamento parcelado.

O clube desembolsou R$ 15 milhões à vista e parcelou o restante durante 15 anos, com parcelas mensais de aproximadamente R$ 450 mil. “Estamos cumprindo o acordo e pagamos religiosamente todo o mês o que foi acertado desde o ano passado. Não atrasamos nenhum dia. Por isso, me causa surpresa saber que o processo está agora no STF”, disse à reportagem o diretor financeiro do Corinthians, Emerson Piovezan.

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Apesar de o débito ter sido negociado e parcelado pelo clube, os dirigentes terão de responder penalmente pelas acusações. Se condenados, os envolvidos podem ser condenados a até dois anos de detenção e pagamento de multa.