Envolto em um escândalo de corrupção, Bernie Ecclestone vai deixar de integrar o conselho de diretores da Fórmula 1. A informação foi confirmada oficialmente nesta quinta-feira, quando membros desta junta diretiva se reuniram e divulgaram um comunicado, destacando que o dirigente de 83 anos ficará afastado enquanto estiver se defendendo na Justiça alemã de uma acusação de suborno.

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Também nesta quinta, o tribunal estadual de Munique informou que irá julgar Ecclestone em abril. Ele está sob acusação de prática de suborno durante os processo de venda dos direitos comerciais para o fundo de investimentos britânico CVC Capital Partners.

No comunicado que divulgou nesta quinta, o conselho diretivo da F1 garantiu ter a certeza de que o britânico “é inocente das acusações contra si e se defenderá vigorosamente delas”. O comunicado também enfatizou que “Ecclestone deve continuar dirigindo as operações diárias” da categoria máxima do automobilismo, apesar de admitir que agora o mandatário estará “sujeito a maior supervisão e controle”.

Chefe maior da F1, Ecclestone está com sua reputação em xeque depois de ter sido formalmente indiciado, em julho do ano passado, pela promotoria de Munique, por seu envolvimento neste caso de corrupção envolvendo a compra dos direitos comerciais da categoria, realizada em 2005.

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O dirigente foi acusado de ter subornado o banqueiro Gerhard Gribkowsky, considerado culpado pela Justiça por aceitar um pagamento ilegal durante a venda dos direitos comerciais da F1 no passado. Condenado em 2012 a oito anos e meio de prisão por corrupção, sonegação de impostos, desvio de dinheiro e fraude fiscal, ele teria recebido uma quantia de US$ 45 milhões, em suposta manobra ilegal de Ecclestone cujo objetivo seria escolher um comprador de seu interesse dos direitos comerciais da F1. No caso, a CVC Capital Partners teria sido beneficiada durante este processo de venda.

Ecclestone garante ser inocente neste caso, mas reconheceu que realizou um pagamento de 10 milhões de libras a Gribkowsky depois de alegar que foi pressionado a fazê-lo pelo banqueiro. O chefe da F1 alega que foi extorquido porque Gribkowsky ameaçou denunciar irregularidades fiscais do dirigente para autoridades britânicas.

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