O resultado da 43.ª edição das 24 Horas de Daytona, a principal corrida de endurance dos Estados Unidos e uma das três mais importantes do mundo realizada entre sábado e ontem, não foi bem o que os quatro brasileiros participantes esperavam. O brasiliense Roberto Pupo Moreno, o mineiro Cristiano da Matta e o paulista Christian Fittipaldi abandonaram com problemas em seus respectivos carros. O carioca Thomas Erdos recebeu a bandeirada, mas somente na 34.ª posição, depois de ficar quase quatro horas parado. "Claro que todos nós queríamos vencer, ou pelo menos terminar bem a prova. Mas é uma prova muito longa, exigente, e que coloca à prova os carros, pilotos e mecânicos. Infelizmente ficamos fora, mas com certeza estamos muito contentes em ter participado de uma prova tão prestigiada, junto com um seleto grupo de pilotos", conformou-se Pupo Moreno, o mais experiente brasileiro a participar desta corrida.
A vitória depois de 24h01min32s87 e 710 voltas completadas no lendário circuito da Flórida, cobrindo 4.068 km, ficou para o trio Wayne Taylor (EUA), Max Angelelli (ITA) e Emmanuel Collard (FRA), com um protótipo Riley/Pontiac.
Depois de largar da 19.ª posição do grid formado por 63 carros, conduzidos por cerca de 250 pilotos de 26 países, o quarteto formado por Roberto Pupo Moreno, o francês Stefan Gregoire (FRA) e os norte-americanos Doug Goad (EUA) e Bob Ward chegou a ocupar a décima posição com o Crawford/Pontiac, no decorrer do primeiro quarto da prova. Logo depois, o carro da Spirit of Daytona Racing começou a apresentar seguidos problemas de superaquecimento. "Não tínhamos um carro muito rápido, mas estávamos extremamente constantes, o que seria importantíssimo para uma corrida tão dura. E fomos pegos de surpresa, pois a única coisa que não esperávamos, era problema com o motor", explicou Pupo Moreno. A equipe trocou a bomba d’água, o radiador e até a junta do cabeçote, até ser obrigada a abandonar a competição sem ter resolvido o defeito.
Para o experiente Pupo Moreno, só o fato de ter corrido em um palco tão consagrado já o deixou realizado.