A alegria e a motivação do Corinthians ontem, após a vitória sobre o Fluminense (3 a 2) e a classificação para a final do Brasileirão, deixaram para segundo plano o grande problema do time para o primeiro jogo da decisão contra o Santos. A partir de hoje, o técnico Carlos Alberto Parreira terá de administrar a provável ausência dos dois volantes titulares. Fabinho, suspenso, é desfalque certo e Vampeta, que levou oito pontos no joelho na partida de quarta, tem chances remotas de atuar.
Para piorar a situação, o Corinthians só tem um volante reserva no elenco, Fabrício, e um segundo homem teria de ser improvisado. Parreira tem pelo menos duas opções caso Vampeta não jogue. Uma seria escalar Angelo na lateral e deslocar Rogério para o meio-de-campo. Outra é optar pelo esquema 3-5-2, com os zagueiros Scheidt, Anderson e Fábio Luciano. A decisão final só deverá ser conhecida momentos antes da partida, até para dificultar o trabalho de Leão.
Os jogadores não escondem que os desfalques são problema. “A situação de Vampeta ainda não está certa, mas se ele não puder jogar será prejudicial para o time por causa da questão do entrosamento, embora eu confie em quem entrar”, disse o meia Renato. O atacante Gil concorda com o companheiro, lembrando que, em nenhum momento do Brasileiro o time ficou sem os dois volantes ao mesmo tempo. “É claro que a ausência deles é ruim, mas acho que os jogadores que entrarem terão condições de ajudar a equipe.”
Alívio
Ontem, Guilherme era só alegria depois dos dois gols que marcou contra o Fluminense. “Prometi que faria dois gols e fiz, com a ajuda dos meus companheiros. Lembro que, no intervalo, o Vampeta disse que eu conseguiria”, contou o atacante.
O jogador não escondeu que o desempenho serviu para aliviar a pressão depois da falha no jogo de ida, no Maracanã. “Sei que se o Corinthians não se classificasse todo mundo ia lembrar do pênalti que perdi”, afirmou Guilherme, que acreditava que a falha poderia, inclusive, comprometer sua permanência no Parque São Jorge.