Foi encerrado na tarde desta sexta-feira o primeiro dia de deliberações dos 12 jurados que julgam o “Caso Fifa”, no qual José Maria Marin, ex-presidente da CBF, recebeu sete acusações de conspiração e atos de corrupção, sendo três delas de lavagem de dinheiro. Também estão sendo julgados Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol e ex-vice da Fifa, e Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol.

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Pouco antes do final dos trabalhos desta sexta-feira dos jurados, a juíza Pamela Chen os chamou para o tribunal para ressaltar um termo técnico relacionado a formação de crime organizado, cuja definição das instruções que nortearão o julgamento dos acusados foi repassada na última quinta-feira por ela aos 12 membros do júri.

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Esse procedimento foi adotado pela juíza porque alguns advogados de defesa avaliaram que a redação anterior do texto que será analisado pelos jurados poderia gerar dúvidas para algum dos membros do grupo que vai determinar o veredicto de Marin, Napout e Burga.

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As deliberações do júri voltarão a ocorrer na segunda-feira pela manhã. A expectativa de alguns dos advogados de defesa é a de que o caso poderá ser concluído em uma semana, mas o prazo para os veredictos ainda é incerto.

Os trabalhos realizados pelo painel de jurados nesta sexta-feira duraram cerca de três horas em um tribunal federal do Brooklyn, em Nova York, mas nenhuma definição relevante foi anunciada após estas primeiras deliberações.

Os jurados decidirão, entre outras definições, se José Maria Marin é inocente ou culpado de sete acusações de atuar num esquema internacional de conspiração e corrupção no mundo do futebol.

No início das deliberações dos jurados nesta sexta, a juíza Pamela Chen os convocou para esclarecer que suas decisões precisam ter como base informações, testemunhos, documentos, fotografias apresentadas no tribunal. Pouco depois disso, os jurados enviaram à Pamela Chen algumas solicitações por escrito. Pediram as transcrições dos depoimentos de sete pessoas: Manuel Burga; J. Hawilla, ex-presidente da Traffic; Alejandro Buzarco, ex-proprietário da Torneos y Competências, e Steve Berrman, líder da equipe de investigadores que atuaram no caso pelo IRS, equivalente nos EUA à Receita Federal no Brasil.

Também foram pedidas as transcrições dos depoimentos de Luiz Bedoya, ex-presidente da Federação Colombiana de Futebol; Eládio Rodriguez, funcionário da TyC, e Santiago Peña, ex-funcionário da empresa Full Play. Além disso, os jurados solicitaram canetas marcadoras de texto e papéis coloridos para destacar páginas.