Atlético e Paraná resgatam, neste domingo (8), um fator determinante na história dos clássicos no futebol estadual: a Arena da Baixada. Desde a inauguração do estádio, em 1999, o Furacão fortaleceu seu desempenho contra a dupla Paratiba. Marca que tenta retomar no confronto das 19h30, o primeiro do Caldeirão padrão Fifa.

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O Paraná é exatamente o rival que mais sofreu na era Arena da Baixada. Até meados de 1999, o Tricolor tinha ampla vantagem nos duelos com o Atlético: eram cinco vitórias a mais em quase uma década de confrontos. Desde então, o Furacão deu pouca chance ao rival. Em seus domínios, perdeu apenas 2 de 22 jogos, marcou 44 gols, sofreu 18. Reverteu o placar geral do clássico, com 35 vitórias contra 24 dos paranistas.

Virada construída com alguns episódios marcantes. Como o gol de placa de Lucas (3 a 1, no Paranaense de 2000); o 6 a 1 com quatro gols de Kléber Pereira (final do Supercampeonato de 2002); a volta ao futebol de Washington Coração Valente com gol (3 a 0, no Paranaense de 2004); (o golaço de Dênis Marques que virou vinheta do SporTV (4 a 0, no Brasileiro de 2006) e a última lembrança, o 5 a 1 no Estadual de 2011, em que o Atlético acabou vice-campeão e o Paraná, rebaixado.

Os paranistas também trazem suas boas histórias da Arena. Em 2007, a primeira vitória na casa atleticana, por 3 a 1, acabou marcada pela imagem do atacante Lima pedindo silêncio. No ano seguinte, outra vitória, por 1 a 0, partida em que o meia Cristian causou alvoroço ao ser atingido por uma bala – o doce, não o projétil.

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“Ganhar um clássico dentro da Arena dá outra moral no campeonato. A torcida ajuda, mas só até a bola rolar. Ali, é o jogador que tem de vencer”, diz o ex-zagueiro Nem, capitão do Paraná em 2000 e do Atlético em 2001, sem jamais ter perdido um duelo entre os dois times na Arena. “Hoje o Atlético é muito jovem. Jogar clássico na Arena, pra molecada, é complicado. Por isso o Paraná é favorito”, arrisca.

A forma como o fator Arena irá se manifestar será decisiva para a arrancada dos dois times na temporada. No Atlético, representará a confiança necessária para o sub-23.

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“Jogar na Arena, um estádio de Copa do Mundo, será uma experiência única. Não tem outro pensamento a não ser a vitória, fazer valer o nosso mando”, disse o volante Matteus.

Do lado paranista, é dissipar a nuvem negra da crise financeira, refeita pela decisão de não concentrar.

“Essa era o momento melhor de esse elenco, por ser muito jovem, estar concentrado, mas agora temos de passar por cima disso tudo”, disse Lúcio Flávio, disposto a, na nova Arena, inverter novamente a balança do clássico.