Além das melhorias e da ampliação do estádio naquele ano, o gramado também passou por reforma e foi totalmente trocado. Se não bastasse idealizar as mudanças na casa atleticana, Caju a Alberto Gottardi colocaram a mão na massa literalmente e ajudaram a transformar a Baixada em um estádio, mesmo que ainda pequeno, um pouco mais confortável e acolhedor para o torcedor rubro-negro.
Sem poder para fazer grandes investimentos no seu elenco, o ano de 1967 foi marcado pelas dificuldades do Atlético dentro de campo, onde o clube, em 22 partidas no ano, conseguiu vencer apenas três. Tendo que mandar seus jogos nos estádios dos seus adversário, o Furacão foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Paranaense dentro do campo, mas, na prática, não foi isso que aconteceu.
No final de 1967, Joffre Cabral e Silva foi eleito presidente do Atlético e, a sua primeira tarefa foi de recolocar o Furacão de volta na elite do futebol paranaense. Depois de muitas discussões nos bastidores, o mandatário rubro-negro sinalizou uma irregularidade no estádio do Paranavaí, que havia conquistado o acesso à Primeira Divisão e o Rubro-Negro, assim, voltou a disputar a principal divisão do futebol paranaense pela porta dos fundos.
Treze anos depois da última reforma, a Baixada passou novamente por uma reformulação e foi ampliada mais uma vez. O crescimento do clube no cenário do futebol paranaense e brasileiro, mesmo sem ter no currículo uma grande conquista, era notório com o passar das temporadas. Por isso, em 1980, sob o comando do então presidente Antônio Sergio Guimarães Luck, as arquibancadas foram novamente ampliadas e um novo sistema de iluminação foi instalado.
Assim, a partir daquele ano, o Atlético conseguiu mandar jogos noturnos na Baixada. A arquibancada em frente ao setor social do estádio atleticano recebeu cadeiras e a cobertura foi feita com novas telhas. Também nesta época, as bancadas de tijolos a vista passou a ser uma das marcadas registradas do cada vez mais amplo e aconchegante estádio Joaquim Américo Guimarães, que mais tarde se tornou o caldeirão do Furacão. A partir desta data, a capacidade do estádio era de quatorze mil pessoas, mas em grandes jogos mais de dezoito mil expectadores chegaram a entrar no templo atleticano.
Porém, ainda na década de 80, o Atlético, pela primeira vez na sua história, abriu mão de atuar na sua casa, para fazer do Pinheirão, estádio construído pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), a sua casa a partir de 1986. Com isso, o sistema de iluminação e a cobertura de eternit foram vendidos para ajudar nas receitas do clube. O empate sem graça contra o Cascavel por 0x0 marcou o último jogo da Baixada, parecendo ser um sinal do que seria o futuro atleticano no estádio da FPF.
A decadência da Baixada custou caro ao Furacão, que ao mandar as partidas no Pinheirão, perdeu público e a geração de receitas que as bilheterias traziam aos cofres do clube. A ideia não trouxe, de fato, nenhum benefício ao Furacão. Então, coube ao presidente José Carlos Farinhaque, no início da década de 90, abrir mão do estádio da FPF e iniciar um movimento para o retorno do Rubro-Negro para a sua casa.