Depois de, no final da manhã desta sexta-feira (23), ter aceitado a proposta do Atlético para o aluguel do estádio Couto Pereira para o duelo de ida das oitavas de final da Libertadores da América diante do Santos, no início de julho, a diretoria do Coritiba se pronunciou oficialmente e decidiu não ceder o estádio ao rival. Segundo nota oficial, a decisão foi bastante analisada e a vontade dos associados e conselheiros pesou na decisão de negar o aluguel do estádio ao Furacão. Sabe-se, no entanto, que o acordo entre as diretorias estava alinhado, mas os cartolas do Verdão acabaram cedendo à pressão dos sócios e conselheiros.
Além da vontade dos associados, que se mobilizaram nas redes sociais contrários ao aluguel do Couto Pereira ao Atlético, o Coritiba informou ainda que o plantio da grama de inverno, que está acontecendo nesta semana, também pesou para a decisão. Isto porque o Verdão fará, nos dias 2 e 10 de julho, jogos contra Vasco e Sport, respectivamente, pelo Campeonato Brasileiro.
Por fim, diante da vontade dos sócios do Coritiba e também do aspecto técnico do gramado, a diretoria alviverde informou que financeiramente o aluguel não seria viável. Especula-se que o Atlético pagaria em torno de R$ 300 mil ao Coxa para jogar diante do Santos, pela Libertadores, no Couto Pereira.
O Atlético, agora, corre contra o tempo para indicar o local da partida contra o Peixe. A Vila Capanema, por conta da falta de capacidade (liberado atualmente para 14 mil torcedores), também não poderia receber a partida pela exigência do regulamento da Libertadores. A diretoria, então, deve realmente mandar a partida fora de Curitiba. A definição deve acontecer no máximo até a segunda-feira (26).
Confira a nota oficial divulgada pelo Coritiba:
A diretoria administrativa do Coritiba Foot Ball Club informa que não fará o aluguel do estádio Major Antônio Couto Pereira ao Clube Atlético Paranaense. A decisão foi definida no começo da tarde desta sexta-feira (23), após ampla análise de viabilidade e sobre a compreensão da vontade dos associados.
Em primeira consideração, a diretoria do Coritiba observou como primordial a vontade da maioria de seus sócios, contrários ao aluguel do estádio.
A diretoria também entendeu que o atual processo de plantio de grama de inverno no gramado do Couto Pereira, iniciado nesta semana, seja um dos fatores de alta relevância para esta decisão. Pois o prazo de maturação e cuidados necessários nesta fase impedem que o campo seja utilizado.
Além da opinião dos sócios e do fator técnico de replantio de grama de época, a diretoria alviverde também não entendeu como viável o aluguel sobre análises financeira e operacional.