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Preso durante Olimpíada, dirigente irlandês deixa o Rio e volta para casa

Quase quatro meses após ser detido no hotel em que estava hospedado, no Rio, o ex-membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e presidente licenciado do comitê olímpico da Irlanda Pat Hickey está de volta à Irlanda. Ele chegou a Dublin nesta quinta-feira, um dia depois de pegar um voo do Rio a Londres.

Ele só teve seu passaporte liberado pela Justiça do Rio mediante o pagamento de fiança de R$ 1,5 milhão. De acordo com o jornal irlandês Irish Times, a Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais (ANOC, na sigla em inglês) foi quem emprestou o dinheiro ao dirigente, pagando sua fiança.

O dirigente havia sido preso em agosto, durante os Jogos Olímpicos do Rio, acusado de cambismo. À época, Hickey chegou a ficar detido no Complexo de Gericinó, mas foi solto dias depois, beneficiado por um habeas corpus. Desde então, morava no Leblon à espera da devolução de seu passaporte, para que pudesse voltar para casa.

No acordo com a Justiça brasileira, o dirigente se compromete a atender a todas as demandas que surgirem no decorrer do processo judicial. Ele também precisou nomear representantes legais no País para receber intimações.

Pat Hickey, de 71 anos, foi indiciado por crime contra o torcedor, formação de quadrilha e marketing de emboscada. Segundo investigações da Polícia Civil, ele teria sido responsável pelo envio de ingressos do Comitê Olímpico da Irlanda para a empresa THG, que não era credenciada, e vendia os bilhetes a preços abusivos.

Durante a ação que resultou na sua prisão, os policiais civis apreenderam cerca de 1.000 ingressos que eram comercializados por valores bem acima dos fixados pela organização da Olimpíada.

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