Presidido por Carlos Arthur Nuzman, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 deve aproximadamente R$ 120 milhões para fornecedores. Somente no Tribunal de Justiça do Rio, a entidade é ré em 69 processos. A lista de acusações inclui dano material, confissão de dívida, indenização por dano moral e patente.

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O comitê não teria, por exemplo, pago o aluguel de estruturas temporárias usadas para a realização dos Jogos e serviços como limpeza e segurança. O pagamento de serviços de tecnologia também não teria sido pago, assim como danos causados em áreas privadas usadas na organização da Olimpíada.

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Relatório oficial apontava que o rombo estava em R$ 132 milhões até dezembro. Parte das pendências foi quitada este ano e, em maio, a dívida era de R$ 117 milhões. O orçamento do comitê era de R$ 8,65 bilhões, mas o órgão não conseguiu arrecadar o previsto.

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A expectativa dos dirigentes e dos credores é a de que o Comitê Rio-2016 resolva todas as pendências até o fim do ano, mas a prisão de Nuzman, nesta quinta-feira, deve atrapalhar a quitação dos débitos. Desde o mês passado, quando a Operação Unfair Play foi deflagrada, Nuzman teve os passaportes apreendidos e está proibido de viajar para fora do Brasil. Isso o impediu, por exemplo, de participar do Congresso Executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional) realizado mês passado em Lima, no Peru, e pedir auxílio do órgão para salvar as contas do Rio-2016.

Nuzman é indiciado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A acusação é de que o dirigente tenha participado de um esquema internacional de compra de votos para a escolha da cidade do Rio como sede da Olimpíada de 2016. O mandato de prisão temporária foi expedidos pela 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro (Ipanema, Leblon, Laranjeiras, Centro).