Em uma coletiva descontraída, representantes de Atlético e Coritiba mostraram que o caminho de união não ficou apenas nas promessas e, de fato, os times buscam um crescimento em cenário nacional. Para isso, se espelham em praças esportivas que dão certo fora do gramado.
Presidente rubro-negro, Mário Celso Petraglia, citou os clubes gaúchos e mineiros como fortes dentro de campo e unidos nos bastidores. O Cruzeiro e o Atlético-MG, por exemplo, são os atuais campeões da Libertadores e Copa do Brasil, respectivamente. Já Grêmio e Internacional, constantes em competições internacionais, também possuem títulos expressivos nacional e mundialmente. “Temos um dos estados mais progressistas da nossa nação, por que não termos clubes para concorrermos todos os anos e buscarmos resultados e conquistas?”, questiona.
Assim, o mandatário atleticano assumiu parte da culpa pelo distanciamento entre a dupla Atletiba e esse atraso em relação a outros Estados. Marquinhos Santos, em seguida, ainda lembrou que Santa Catarina tem quatro representantes na Série A e a consequente desvalorização do Campeonato Paranaense. “Não podemos continuar com a rivalidade impedindo o nosso crescimento a nível nacional e internacional. Tudo isso em função da nossa visão pequena, e me incluo nisso. Não por pensar, mas por agir. O Atlético não pode ser uma ilha, o Coritiba não pode ser uma ilha”, afirma.
Já Rogério Bacellar, presidente do Verdão, manteve o mesmo discurso ao dizer que a existência dos dois times depende do outro. O dirigente ainda citou indiretamente gestões anteriores pelo pensamento, de certa forma, pequeno de se executar. “O Coritiba e o Atlético entendem que o futebol do Paraná precisa de uma injeção de ânimo. Só com os dois clubes integrados podemos conseguir isso”, completa.
Tricolor
Rogério Bacellar já havia dito durante a semana que o Paraná logo se uniria aos dois times em coletivas conjuntas. Na segunda-feira, o Trio de Ferro vai se unir para apoiar mais uma vez a candidatura de Ricardo Gomyde à presidência da FPF. O restante das ações virá com o tempo. “O Paraná vai entrar na hora certa e vamos trabalhar integrados para que isso aconteça em benefício ao futebol paranaense”, comenta o dirigente, que ainda citou Londrina e Maringá, atuais campeão e vice do Estadual.