Presidente tricolor banca a permanência de Zetti

Um clube no divã. O pífio desempenho do Paraná Clube neste início de Segundona gerou uma série de reuniões entre dirigentes, comissão técnica e jogadores.

A principal decisão foi anunciada pelo presidente Aurival Correia, “bancando” a permanência de Zetti. O treinador passou a ser questionado por torcedores e conselheiros após uma sequência de três rodadas sem vitória e um aproveitamento total de apenas 33,33% após oito rodadas disputadas.

“Fizemos ponderações, ouvimos também sua avaliação do que vem ocorrendo e vamos em frente. O grupo tem potencial e vai reagir”, disse Correia, que assegurou a continuidade do trabalho independente do resultado do jogo contra a Portuguesa, na próxima sexta.

“Seria desumano impor essa condição. Temos que acreditar no trabalho que vem sendo desenvolvido nesses quase cinquenta dias.” A diretoria definiu essa questão ontem pela manhã, numa reunião com todos os integrantes da comissão técnica.

À tarde, as cobranças se estenderam ao grupo de atletas. O diretor de futebol Paulo Welter conversou com o elenco e depois deixou-os à vontade para expor suas ideias à comissão técnica. Foram quase 90 minutos de muita conversa ao melhor estilo “terapia de grupo”.

Welter destacou a importância de um grupo em sintonia, fechado e remando todos para o mesmo lado. “Não importa se você vai estar no banco ou até mesmo ficar de fora de um jogo. O pensamento tem que ser único, senão a coisa não funciona”, afirmou o dirigente.

Paulo Welter usou exemplo recente vivido dentro do próprio Paraná para mostrar que ainda dá tempo de buscar uma virada. “No ano passado, a situação era muito pior. Tivemos que sair do fundo do poço em apenas um turno. Lá, também foi preciso reformular o elenco”, lembrou. Para o dirigente, apesar dos resultados, não falta qualidade técnica ao grupo.

“Temos algumas carências, é verdade, como têm quase todos os times desta Série B. Mas, é só lembrar que todos os jogadores contratados foram muito bem em outros clubes. Aqui, ainda não encaixaram. Mas isso vai mudar”, disparou.

Os integrantes da diretoria deixaram transparecer um desejo de ver em campo um time menos vulnerável. Porém, ninguém admitiu “palpitar” nas escalações de Zetti. O treinador vem utilizando um 4-4-2 clássico seguidamente e não vê no plano de jogo o maior problema para os números ruins do Tricolor.

Creditou a deslizes individuais os últimos tropeços do Paraná Clube, que nas duas recentes derrotas não conseguiu marcar um gol sequer. “Temos trinta jogos pela frente. Só que não podemos mais adiar essa reação”, arrematou Welter.

Para subir – tirando por base os 64 pontos (número utilizado pela comissão técnica paranista -, o Tricolor terá que garantir, daqui pra frente, um rendimento de 62%.

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