O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, colocou sob suspeição a lisura da organização da Copa Libertadores devido à arbitragem do chileno Júlio Bascuñan na vitória por 1 a 0 do time gaúcho sobre o Lanús, da Argentina, na primeira partida da final da competição, nesta quarta-feira à noite, em Porto Alegre.

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O principal motivo da reclamação do dirigente gremista foi a não marcação de uma pênalti sobre o atacante Jael aos 50 minutos do segundo tempo do jogo. Bascuñan encerrou a partida logo após o lance sem realizar a consulta ao árbitro de vídeo, recurso que estava disponível para a arbitragem.

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Romildo Bolzan afirmou que o clube tricolor gaúcho foi prejudicado pela negativa do árbitro em utilizar a tecnologia do vídeo para rever a jogada polêmica e prometeu tomar providências junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), organizadora do torneio continental.

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“O Grêmio foi roubado. Sentimento de indignação, de ter sido colocado em risco o campeonato, de que um lance desses pode ter um preço caríssimo para o Grêmio. Nós vamos tomar providências. Já manifestamos a indignação pessoal. Para nós, parece que não aconteceu vitória nem vantagem, pela injustiça que teve aqui. Se tem elementos para diagnosticar com correção um lance que pode decidir uma partida, um campeonato, e não utiliza, posso começar também a duvidar da arbitragem de vídeo. Aonde estamos metidos?”, desabafou o dirigente em entrevista coletiva após o jogo.

No entanto, o mandatário do Grêmio não revelou quais medidas serão adotadas pela diretoria em relação à postura do árbitro Júlio Bascuñan. Bolzan adiantou somente que um emissário gremista irá até o Paraguai, onde está localizada a sede da Conmebol, antes do segundo jogo da decisão da Libertadores – na quarta-feira que vem, em Lanús – para cobrar uma resposta da entidade e evitar que o time seja prejudicado novamente na decisão.

“Nós vamos tirar a limpo tudo isso. O Grêmio vai à Conmebol, ter as reuniões que precisa ter. Vai ao Paraguai saber como as coisas vão se comportar para a semana que vem. Não queremos nada além de saber a lisura do processo. Estou desde 1º de novembro procurando informações e cheguei aqui sabendo que o campo ia falar. Não sei se tenho mais essa convicção. Vamos ter uma preocupação adicional. Não seremos roubados pela arbitragem”, complementou o presidente do Grêmio.