Presidente do Bayern é acusado de evasão fiscal

O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, foi formalmente acusado de evasão fiscal por promotores alemães. O porta-voz do tribunal de Munique, Ken Heidenreich, informou nesta terça-feira que os advogados do dirigente têm o prazo de um mês para apresentar uma defesa contra a acusação e que um tribunal local irá decidir se o caso irá a julgamento.

Heidenreich, porém, não soube dizer quanto tempo pode demorar para que a acusação contra Hoeness seja, de fato, levada a uma corte local para ser julgada. O porta-voz também se recusou a comentar detalhes da acusação por causa das leis de sigilo fiscal existentes na Alemanha.

Hoeness já precisou se explicar com as autoridades no início deste ano em razão de quantias não declaradas anteriormente ao fisco alemão e que estavam em uma conta bancária na Suíça. Suspeito de sonegação fiscal, ele é acusado de ter deixado de pagar milhões de euros em impostos.

Em maio, o conselho de supervisão do Bayern acabou apoiando a permanência de Hoeness na presidência, apesar da investigação em curso envolvendo o dirigente. Na época, o clube disse que o cartola se desculpou e se ofereceu para deixar o cargo temporariamente até o desfecho do seu caso, mas a cúpula na equipe de Munique foi unânime em pedir pela continuidade do presidente em sua função.

O escândalo envolvendo Hoeness ocorre justamente no momento em que o Bayern atravessa uma das melhores fases da sua história. A equipe se sagrou campeã da Liga dos Campeões, do Campeonato Alemão e da Copa da Alemanha na última temporada europeia e agora inicia uma nova era sob o comando do técnico espanhol Pep Guardiola.

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