Presidente do Barcelona e seu antecessor se negam a falar de Neymar em tribunal

O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, e seu antecessor, Sandro Rosell, deixaram juntos, nesta segunda-feira, o Superior Tribunal Nacional, em Madri, depois de se recusarem a depor como investigados por crimes de corrupção e simulação de fraude nos contratos assinados para a chegada do atacante brasileiro Neymar ao clube catalão em 2013.

Diante do juiz Jose de la Mata, da Corte Nacional, ambos se limitaram a apenas ratificar as declarações dadas em interrogatórios anteriores, entre julho de 2014 e fevereiro de 2015. Naquela oportunidade, Bartomeu declarou que não teve qualquer envolvimento na contratação, realizada por Rosell. Já o ex-presidente, em depoimento anterior, havia defendido a legalidade da operação.

O Barcelona e os seus presidentes têm repetidamente negado qualquer irregularidade na negociação. Neymar e seu pai, que atua como agente do jogador, estão previsto para testemunhar nesta terça-feira.

De la Mata está investigando uma denúncia feita pelo DIS, um grupo de investimento, que afirma ter sido prejudicado financeiramente quando Barcelona e Neymar supostamente esconderam o valor real da transação do jogador, que trocou o Barcelona pelo Santos em 2013.

O DIS tinha direito a 40% do valor da transferência de Neymar, mas afirma que recebeu uma compensação menor do que deveria porque parte do valor da transferência foi ocultado.

O Barcelona sustenta que a transferência de Neymar em 2013 custou ao clube 57,1 milhões de euros (R$ 249,6 milhões). Oficialmente, o Santos recebeu 17,1 milhões de euros (R$ 74,8 milhões) pela liberação do atacante. Mas investigações posteriores apontaram que o Barcelona gastou 83,3 milhões de euros (R$ 364,2 milhões) para adquirir o brasileiro.

Essa investigação não é a única envolvendo a contratação de Neynmar, tanto que outro tribunal de Madri já abriu uma ação judicial contra Rosell questionando o valor da contratação de Neymar. Bartomeu substituiu Rosell no comando do Barcelona em 2014, quando ele renunciou por causa das acusações.

Neymar, agora com 23 anos, ajudou o Barcelona a ganhar os títulos da Liga dos Campeões, do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei na temporada passada. Ele também foi um dos três finalista da última edição do prêmio Bola de Ouro da Fifa, que foi entregue a Lionel Messi, seu companheiro de equipe, em janeiro.

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