O presidente do Atlético Nacional, Juan Carlos De La Cuesta, disse nesta quarta-feira que aguarda somente o aval da Conmebol para que a Chapecoense seja declarada campeã da Copa Sul-Americana. O dirigente afirmou que entrou em contato com a entidade para dar o título ao clube catarinense, que não pôde chegar em Medellín para o primeiro jogo da decisão porque o avião que transportava a equipe caiu a poucos quilômetros do aeroporto local.
“Todos nós tínhamos a ambição de ganhar a Sul-Americana. Ganhar já nos interessa mais. Os protocolos da Conmebol dizem que os dois jogos devem ser disputados, mas esperamos que isso seja reconsiderado e o título da Chapecoense seja reconhecido e o time possa se classificar para a Copa Libertadores”, disse o presidente do time colombiano em entrevista coletiva no estádio Atanasio Girardot, que seria o palco do primeiro jogo da decisão.
De La Cuesta explicou que conversou com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, para pedir que seja sensato e não seja tão formalista à obrigação de jogar as duas partidas da decisão para se declarar o campeão. “Se tivermos de jogar, não se vai estar em condições desportivas. Nossos jogadores querem que o título seja da Chapecoense. Esperamos os procedimentos da Conmebol”, afirmou.
O título da Sul-Americana seria inédito na história do clube colombiano. O Nacional foi vice da competição em 2014 e é o atual campeão da Libertadores. No próximo mês o elenco viajará ao Japão para disputar o Mundial de Clubes pela segunda vez. Em 1989, o time perdeu a decisão em Tóquio para o Milan, na prorrogação. A possível final neste ano será contra o Real Madrid, da Espanha.
O presidente prometeu que nos próximos jogos dos campeonatos locais o time faça uma adaptação no uniforme para homenagear a Chapecoense. “Os dois clubes têm a cor verde. Como temos um uniforme preto, vamos usá-lo, mas com um escudo da Chapecoense, como memória às vítimas da tragédia”, contou.