A exclusão do Parma da próxima Liga Europa por conta de uma dívida deve selar a saída do presidente Tommaso Ghirardi. Nesta sexta-feira, ele se posicionou contra a decisão da Federação Italiana de Futebol (FIGC) de retirar a equipe da competição europeia da próxima temporada, disse que está deixando o cargo e informou ainda que vai colocar o clube à venda.

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Após conseguir a vaga em campo no último Campeonato Italiano, com a sexta colocação, o Parma foi excluído da Liga Europa pela federação de futebol do país – a vaga ficou com o Torino. A entidade retirou do clube uma licença da Uefa por conta de uma dívida de cerca de 300 mil euros (cerca de R$ 907 mil), graças ao não pagamento do valor correspondente ao imposto referente às suas receitas.

O Parma, então, entrou com recurso, que foi negado pela Suprema Corte da Justiça Desportiva italiana. O clube ainda pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte, mas não parece muito animado. Os dirigentes alegam que o time passa por um problema financeiro por ter que arcar com parte dos salários de atletas emprestados a outras equipes.

Nesta sexta-feira, Ghirardi não poupou críticas à federação italiana. O presidente havia comprado o clube em 2007. Na ocasião, o salvou de uma grande crise financeira ocasionada pela ruína da Parmalat, sua principal investidora. Agora, o mandatário só pensa em deixar o Parma o mais rápido possível.

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“Vocês, pessoas do futebol, deveriam se envergonhar de seus atos. Eles nos tiraram um sucesso merecido, que foi conquistado em campo”, declarou. “Somente alguém estúpido poderia pensar que eu queria esconder 300 mil euros, ou 0,6% do que era devido”, completou.