O inglês Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), anunciou nesta quarta-feira (17) mais uma de suas polêmicas idéias para o regulamento da Fórmula 1. Em seu campanha contra o aumento dos custos e pela maior competitividade na categoria, o dirigente agora defende que todas as equipes usem um mesmo motor.
O plano foi revelado por Mosley ao diário esportivo francês L’Équipe. Para ele, os motores já chegaram a um grau de desenvolvimento tão grande que quaisquer esforços para aumentar o rendimento implicam gastos “irracionais”.
Antes mesmo de tornar oficial a proposta de mudança no regulamento, Mosley já previu que a transição será complicada. “Eu sei que os grandes construtores dirão que ‘se é para ter um motor único, que seja o meu’. Mas no mundo real as coisas não funcionam assim: se a Volkswagen pode comprar motores mais baratos na Peugeot, ela fará sem dúvida nenhuma.
Mosley sugeriu, também, que as equipes se preparem para produzir suspensões, pneus e caixas de câmbio semelhantes. Além dos custos, ele tem como objetivo tornar a categoria menos agressiva ao meio ambiente. Nesse sentido, já falou até em modificar o combustível.
A resistência que Mosley espera das equipes tem chances de não acontecer na intensidade que o dirigente imagina. Também nesta quarta-feira, o chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner, mostrou-se a favor de medidas que deixem a potência dos propulsores mais próxima.
O atual regulamento da Fórmula 1 prevê o ‘congelamento’ dos motores – as equipes não podem desenvolver as peças durante a temporada. Mas depois da vitória de Sebastian Vettel no GP da Itália, com uma Toro Rosso, as suspeitas sobre infrações à regra têm aumentado entre as demais equipes.