Presidente da Federação Italiana elogia receptividade

O presidente da Federação Italiana de Futebol, Giancarlo Abete, apareceu na manhã desta segunda-feira pela primeira vez para acompanhar um treinamento da equipe durante a disputa da Copa do Mundo. Foi cercado por jornalistas e os atendeu pacientemente debaixo de um sol forte. Falou de tudo, até dos pontos fortes e fracos da Costa Rica, adversário da Itália, na sexta, no Recife.

Ele disse considerar exageradas as críticas recebidas pelo Brasil por atrasos nas obras para o Mundial. Em sua opinião, todo país que recebe um evento de grande porte está sujeito a enfrentar problemas. “Quando se organiza um evento grande como a Copa do Mundo dificilmente se consegue fazer tudo o que havia sido planejado inicialmente, isso é normal”, afirmou.

Abete contou que a delegação italiana está sendo muito bem recebida por onde passa, e não tem nenhuma crítica a fazer à organização da competição. “Probleminhas acontecem em todos os lugares, não apenas no Brasil. Em outras grandes competições em que estivemos presentes as coisas também não funcionaram 100%. O importante é que temos recebido toda a atenção dos brasileiros e até agora estamos muito satisfeitos com as condições que temos encontrado”, revelou.

O dirigente diz entender que as pessoas façam críticas ao uso de dinheiro público para reforma ou construção de estádios, mas também nesse ponto afirma que é algo que ocorreria em qualquer país do mundo. “Na Itália temos um grande problema que é a qualidade dos nossos estádios, que são ultrapassados. E quase todos são públicos, pertencem aos municípios. Precisamos urgentemente encontrar uma solução para melhorá-los, mas dependemos do poder público para isso. A Juventus construiu recentemente o seu próprio estádio e hoje tem um palco moderno e à altura dos melhores do mundo”, avaliou.

A única coisa que ele criticou não diz respeito ao Brasil, e sim à Fifa. Assim como o técnico Cesare Prandelli e o médico Enrico Castelacci, ele reclamou de o jogo contra a Inglaterra em Manaus não ter sido interrompido nenhuma vez para que os jogadores pudessem se hidratar. “Pensávamos que haveria parada técnica nos dois tempos e, no fim, isso não aconteceu. Vamos ver se nos dois próximos jogos, que serão às 13 horas, o árbitro permitirá que os jogadores possam tomar água, porque não será fácil jogar nesse horário”, disse Abete.

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