Durante visita a treino da seleção brasileira na última quinta-feira, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, havia dito que confiava muito no título do Mundial Feminino de Vôlei.
Em conversa com as jogadoras, ele alertou que a única jogada da Rússia eram os ataques da ponteira Gamova, mas que tinha certeza que a Seleção conseguiria pará-la.
Depois da final, com a derrota por 3 sets a 2, ficou comprovado que a análise de Ary sobre o time russo era certa, mas o seu julgamento de que a equipe brasileira conseguiria freá-la acabou errado.
Gamova saiu da partida com a incrível marca de 35 pontos, sendo a peça fundamental no decisivo quinto set, quando virou todas as bolas em que enfrentou o bloqueio brasileiro.
“Realmente a Gamova decidiu sozinha o jogo, não é choro de perdedor. Eles (russos) tem apenas uma jogadora e essa jogadora decidiu jogar. Ela, em cinco sets, ficou em um bloqueio (apenas). Ela estava em um dia inspirado. Nosso time é muito novo, mas vem a Olimpíada por aí e nós vamos ganhar delas”, disse Ary Graça, mostrando confiança em uma revanche em Londres.
Apesar de dar apoio para o grupo verde e amarelo, o dirigente destacou que algumas coisas precisam ser mais bem trabalhadas dentro da equipe de José Roberto Guimarães até os Jogos Olímpicos e para daqui a quatro anos, em mais uma chance brasileira de conquistar o inédito título mundial.
“Uma das maiores verdades da vida é que você aprende na vitória e na derrota. Hoje ficou claro que nós podemos fazer melhor. Para isso temos que trabalhar e treinar para não errar tanto passe, porque nós precisamos jogar com o passe na mão, para jogar contra jogadoras de dois metros. Do tamanho delas”, avaliou.