Presidente classifica como ‘ridícula’ acusação contra IAAF em casos de doping

Em meio à reta final de seu mandato à frente da Federação Internacional das Associações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), o senegalês Lamine Diack se manifestou nesta sexta-feira sobre as acusações de envolvimento da entidade em um escândalo de doping. O dirigente as classificou como “ridículas” e garantiu a legitimidade do Mundial da modalidade, que será disputado a partir deste sábado em Pequim.

“O atletismo não perdeu credibilidade. Tenho 23 anos de IAAF e posso dizer que a luta contra o doping quem começou foi a IAAF. Agora, o Seb (Sebastian Coe) toma a liderança nesta luta. Se alguém pensa que um resultado positivo (de doping) é mais importante que mil negativos, então pouco podemos fazer”, declarou o senegalês.

Diack deixará o comando da IAAF ao fim do Mundial, no dia 31 de agosto, após 16 anos liderando a entidade. Ele será substituído pelo ex-atleta britânico Sebastian Coe, que venceu a eleição presidencial na última quarta-feira, ao derrotar o também ex-atleta ucraniano Sergei Bubka.

Coe assumirá a IAAF em um momento conturbado. A entidade foi acusada pela tevê alemã ARD e o jornal britânico Sunday Times de ter encoberto centenas de casos de doping entre 2001 e 2012. A IAAF negou que tenha tentado bloquear a publicação destes resultados, e confirmou que 28 atletas haviam sido capturados em novas avaliações de seus exames antidoping dos Mundiais de 2005 e 2007, mas disse que nenhum dos atletas vai participar do evento deste ano.

Diack minimizou as acusações e disse estar “convencido de que 99% de nossos atletas estão limpos”. “Eu passei por toda a evolução em termos do que aconteceu na luta contra o doping. Eu estava lá no início e estou aqui no final. Vocês estão focando na notícia ruim.”

Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach concordou com o dirigente senegalês, negou que o atletismo esteja com a imagem manchada e pediu que os casos de doping sejam investigados pelos órgãos competentes, e não pela mídia. “Proteger atletas que estão limpos nestas circunstâncias também significa que não estamos fazendo alegações contra aqueles que são presumidamente inocentes”, disse.

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