O sofrimento de esperar até os acréscimos para comemorar a vitória do Atlético sobre o Grêmio Prudente, no domingo, não foi nenhuma novidade para a torcida rubro-negra. Neste Campeonato Brasileiro, o time já repetiu a dose por várias vezes.
A torcida enfrentou um verdadeiro teste cardíaco em seis rodadas – nos jogos contra Flamengo, Avaí, Atlético-MG, Botafogo, Palmeiras e Prudente. Foram vitórias nos estertores, que revelam um diferencial do Furacão. Em 67% da vezes em que venceu, os gols que sacramentaram os três pontos só saíram no 2.º tempo.
Das 35 partidas já realizadas pelo Furacão, em 16 as redes só balançaram na etapa final. O que mostra que o Atlético conquistou quase todos os seus pontos no momento mais difícil de um jogo.
Dos 56 pontos somados até aqui, 38 saíram após o intervalo, com 16 deles nos últimos minutos. Os números mostram que a força física do Atlético tem surpreendido os adversários na etapa mais difícil do jogo.
Força física, aliás, que em seis jogos fez o Furacão assegurar 11 pontos que já pareciam perdidos, conquistando cinco vitórias e um empate. Sem esses pontos sofridos, o Furacão hoje seria o 12.º colocado.
Maikon Leite é o recordista do gol no sufoco. No primeiro turno, ele marcou aos 49 do 2.º tempo em cima do Avaí.
Mas na lista estão também o zagueiro Manoel e os estrangeiros Ivan González, Nieto e Guerrón (único que marcou gol de empate e não de vitória).
Com dois gols cada um, Paulo Baier, Branquinho, Maikon Leite, Bruno Mineiro e Ivan González foram os jogadores que mais marcaram na etapa final.
Isso se deve ao trabalho do preparador físico Riva de Carli. Na fase mais crítica do Campeonato Brasileiro, logo após a Copa do Mundo, com rodadas duplas a cada semana, o Atlético passou ileso, sem lesões por estresse ou cansaço muscular. Agora, o Rubro-Negro, mesmo sofrendo com desfalques por lesão, tem mostrado alto rendimento físico e superado essas adversidades.