Em 2014, no Brasil, será disputada a 20.ª Copa do Mundo. Apesar de prevelecer o clima tropical no País, as seleções que forem designadas para atuar na região Sul, em Curitiba e Porto Alegre, deverão enfrentar frio.
Neste caso, os preparadores físicos e fisiologistas de Atlético, Coritiba e Paraná Clube recomendam que as delegações escolham Caxias do Sul para a aclimatação.
Segundo eles, a cidade localizada na serra gaúcha é a que melhor representa o futebol brasileiro praticado no frio. Das partidas jogadas em Caxias, ficaram na memória dos profissionais das preparação física as artimanhas para proteger atletas de sensações que vão além de entrar em campo trajando camisas de mangas longas.
Algumas vezes, mesmo o improviso é indispensável. “No intervalo da partida, os atletas chegaram ao vestiário com os pés doloridos e congelados. Precisei pedir aos jogadores que aliviassem a dor esquentando os pés em baldes com água quente”, conta o fisiologista do Paraná, Marcos Eduardo Walczak, sobre uma partida no ano passado contra o Juventude, no Estádio Alfredo Jaconi.
Situação parecida passou o preparador físico atleticano Riva Carli, em 2004, quando trabalhava no Bahia. “Além da temperatura de 2º C, começou a chover. Como o pessoal não estava adaptado, todo mundo praticamente congelou, o que acabou afetando na queda de rendimento por conta do psicológico do time”, explica.
Glydston Ananias, quando foi preparador físico da seleção da Jamaica, conta que para as eliminatórias da Concacaf também precisou driblar o frio. Ele relata que em jogos contra as seleções de Estados Unidos e Canadá, as partidas sempre eram marcadas para lugares frios.
“Tínhamos que trabalhar a adaptação de nossos atletas. Com isso, diminuímos o impacto e conseguimos bons resultados”, relata. Com ele, e René Simões como técnico, os Reggae Boyz superaram o frio e os adversários e disputaram a Copa de 1998, na França – a primeira e única da Jamaica.
