A queda na audiência e a redução da popularidade da Fórmula 1 em diversos países não preocupam somente a direção da categoria. Os pilotos, que tentam atrair atenção do público ao movimentar as redes sociais, também reconhecem as dificuldades na disputa pela mídia com outros esportes e outros eventos. Para Felipe Massa, um dos mais experientes do grid, a F1 tem falhado em sua estratégia.

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Na sua avaliação, a direção da categoria não tem conseguido atrair o público mais jovem, acostumado a acessar informação por outras telas que não apenas a televisão. “Hoje em dia o mundo é totalmente voltado para o computador. E a Fórmula 1 faz muito pouco para conseguir ter a audiência em outros atos (plataformas)”, afirmou o brasileiro, um dos mais ativos nas redes sociais.

Massa contabiliza 765 mil seguidores no Twitter e 636 mil fãs no Instagram. Em seus posts, tenta se aproximar dos fãs ao exibir imagens e até vídeos dos seus familiares. “O que mais tento fazer é usar as mídias sociais. Tento mostrar para o torcedor aquilo que eu sou, meu jeito de ser, o que eu gosto de fazer. Acho que é até um divertimento”, explicou o piloto da Williams.

Ele, contudo, lamenta que nem todos os pilotos fazem o mesmo esforço para buscar o público. “É difícil organizar todos. Para fazer o quê? Cada piloto tem interesse em seu país e não no modo geral. Temos que analisar melhor a situação”, afirmou.

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Massa acredita que o resgate da popularidade da Fórmula 1 em nível mundial passa também pela estratégia da categoria. Se em alguns países, há baixa audiência e menor público nas corridas, a saída é buscar novos mercados. “A Fórmula 1 tem que ir para lugares onde as pessoas querem as corridas, como o México, por exemplo”.

O GP mexicano encantou os pilotos diante da boa reação do público, que esgotou os ingressos com grande antecedência. “Temos que enxergar melhor o público e ver como o México recebeu a F1. E eles têm um piloto que não vence corrida”, argumentou, ao referir-se ao piloto Sergio Pérez, da Force India.

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Ao analisar a situação da Fórmula 1, o brasileiro cutuca a TV Globo, dona dos direitos de transmissão da categoria no País. Nesta temporada, o canal deixou de transmitir na íntegra os treinos classificatórios. “Sem dúvida hoje a televisão mostra menos. E aí é impossível não cair a audiência”, reclamou o piloto. “Se você gosta de Fórmula 1, você tem que ir até o final e tratar como um esporte que talvez seja um dos mais importante do País”.

Apesar da preocupação em nível internacional, Massa vê a categoria exibindo boa forma diante do público brasileiro. “No ano passado, todo mundo falava que a audiência estava caindo, que tinha menos gente nas arquibancadas. Mas, com o motor fazendo menos barulho, dava para ouvir a torcida gritar a cada volta”, apontou o piloto da Williams, acostumado a ser bem recebido pela torcida no autódromo de Interlagos, em São Paulo.