Melhor defesa do Brasil em quatro das últimas oito edições do Campeonato Brasileiro, o Corinthians perdeu a “pegada” em 2018. O time está apenas em quarto lugar entre as melhores zagas do torneio, atrás de Grêmio, Inter e Palmeiras. Mesmo jogando em casa, às 21 horas deste sábado, o time está preocupado com a quantidade de gols sofridos, com um agravante: o adversário é o Atlético-MG, dono do melhor ataque da competição.
Ter a quarta melhor defesa de uma disputa complicada como o Brasileirão não é o fim do mundo, mas esse Corinthians ainda passa por provações. O técnico Osmar Loss é questionado pela torcida. Trabalha pressionado.
O problema é que a zaga se tornou referência nos últimos anos. Formado por conceitos táticos dos técnicos Mano Menezes, Tite e Fábio Carille, o sistema foi um modelo nacional em 2011, 2013, 2015 e 2017. Em 2018, a muralha ruiu.
Vários fatores explicam a queda. O primeiro – e mais imediato – é a venda de titulares. O principal deles foi o paraguaio Balbuena, que fazia sua parte e ainda orientava os colegas. Pedro Henrique virou titular, mas alterna boas e más atuações. Com dores no joelho direito, ele não está confirmado para o jogo deste sábado.
Seu substituto deve ser Léo Santos, que falhou no gol que eliminou o Corinthians da Copa Libertadores na quarta-feira. “Na hora em que ia sair do chão, ele (Barrios) me deu uma travada. Mas faz parte. A gente coloca uma pedra na Libertadores e agora tem o Brasileiro”, disse o defensor de 19 anos. Os volantes também estão devendo: Gabriel perdeu a posição para Ralf, Douglas ainda não se encontrou.
O problema, no entanto, vai além da troca de peças. O Corinthians perdeu a famosa compactação, movimento sincronizado em que as linhas (defesa, meio e ataque) estão próximas, formando um bloco uniforme. Hoje, os rivais encontram espaços entre essas linhas.
Além disso, os corintianos não têm aquela gana para recuperar a bola tão logo ela é perdida. Por causa de tudo isso, o Corinthians venceu apenas uma das últimas cinco partidas e se distanciou dos líderes.
Neste sábado, diante de um ataque liderado por Ricardo Oliveira, o time está preocupado com a defesa. Depois, vai pensar em fazer gols. “Precisamos somar pontos. Ainda faltam muitos jogos. Estamos vivos no torneio”, disse Jadson.