Os atletas olímpicos de ponta do Rio vão ganhar um incentivo extra para trazerem medalhas para o Brasil em 2012, na Olimpíada de Londres. A Prefeitura carioca investirá R$ 12 milhões nos próximos dois anos e meio na preparação de um grupo de elite de atletas que treinem ou morem no Rio, com o objetivo de aumentar as chances de pódio desses competidores, já consagrados ou com grande potencial de conquistas nos próximos Jogos.

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O projeto é uma parceria da Prefeitura – um desejo pessoal do prefeito Eduardo Paes – com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que fará a gestão da aplicação dos recursos e ajudará na elaboração da preparação dos atletas. A ideia é reforçar e aperfeiçoar o treinamento de 10 a 13 competidores, a serem indicados pelas confederações e aprovados pelo COB. São, portanto, homens e mulheres que valem R$ 1 milhão.

No momento, apenas quatro nomes foram selecionados: Ricardo Winick, o Bimba, campeão mundial de prancha a vela, o nadador Kaio Márcio, duas vezes recordista mundial, o bicampeão mundial de ginástica Diego Hypólito, e a jovem corredora Bárbara Leôncio, garota-propaganda da vitoriosa campanha carioca para sediar os Jogos de 2016.

“Entramos numa área que não é a nossa, o alto rendimento. O nosso foco, claro, é a democratização do esporte olímpico, com as vilas olímpicas. Mas achamos que era hora de fazer mais”, disse Eduardo Paes nesta quarta-feira, na cerimônia de apresentação do projeto, no Palácio da Cidade, em Botafogo.

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Vale notar que o Time Rio, como foi batizado, não é um grupo fechado. Vai funcionar quase como uma seleção de futebol. O desempenho dos atletas será avaliado ao fim de cada ano. Aqueles que não estiverem correspondendo às expectativas e atingindo as metas traçadas poderão dar lugar a outros que estejam se destacando.

“Sempre em dezembro vamos fazer uma análise dos resultados. Quem estiver indo bem pode entrar, assim como os que não renderem podem deixar o projeto”, explicou Marcus Vinícius Freire, superintende de esportes do COB, que vai aplicar os recursos em uma ajuda de custo para os atletas – que vai variar de R$ 3 mil a R$ 8 mil por mês, dependendo do currículo de cada um -, além de cobrir viagens para competições, novos equipamentos, custos de exames e de uma equipe técnica completa, com fisiologistas, fisioterapeutas, preparadores físicos, nutricionistas, técnicos, etc.

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Após o lançamento do Time Rio, o COB agora quer comover outras prefeituras e governos estaduais a seguirem os mesmos passos de Paes. A ideia é compor novos “times” regionais e formar o Time Brasil, com cerca de 300 atletas com chance de pódio em 2012. Tudo dando certo, o objetivo é chegar a 600 na preparação para a Olimpíada de 2016, no Rio. “É uma iniciativa pioneira, que abre um caminho muito importante. Agora cabe a outras autoridades políticas percorrê-lo”, discursou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB.