Em seu sétimo ano, a Maratona de Jerusalém será disputada na madrugada de quinta para sexta-feira (horário de Brasília). Esta será a maior edição da competição na capital israelense, que deverá receber cerca de 30 mil corredores, sendo 3.500 estrangeiros, de acordo com a organização do evento.
Apesar do crescimento, a prova, que começou ainda tímida em 2011, está muito distante do alcance e da importância das maratonas consideradas “Majors”, grupo restrito que inclui apenas as corridas realizadas em Nova York, Chicago, Boston, Tóquio, Berlim e Londres. Mas isso não parece incomodar o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, que garantiu em entrevista exclusiva ao Estado de S. Paulo: “Jerusalém tem seu próprio status”.
Barkat tem 57 anos e idealizou o evento quando completou 50. Na comemoração de seu aniversário em 2009, decidiu disputar a prova em Nova York e vislumbrou o apelo que uma maratona em Jerusalém poderia ter. Orgulhoso do resultado de seu projeto, ele prefere exaltar o peso histórico e as belezas do lugar que serve de berço para três das principais religiões do mundo: catolicismo, judaísmo e islamismo.
“É um evento de educação, para ensinar as pessoas sobre Jerusalém e o país (Israel). Promove o esporte, mas o mais importante é mostrar as pessoas da cidade, a espiritualidade, o sagrado. E integrado nisso tudo, está o evento esportivo maravilhoso. É uma combinação de tudo”, avalia.
O prefeito destaca que ele próprio foi responsável pela escolha do trajeto, que passa por pontos históricos de Jerusalém, como a Cidade Velha. “Decidi percorrer os mais bonitos e importantes pontos da cidade. Então, não é apenas um evento de esporte, é espiritual, social. Esse é o papel de Jerusalém: unir as pessoas. É isso que a maratona está fazendo.”
Barkat não nega que sonha um dia ver a Maratona de Jerusalém ter o mesmo peso das principais provas do mundo, mas, satisfeito, considera que ela cumpre seu papel no momento. “São cinco bilhões de pessoas pelo mundo que querem vir a Jerusalém uma vez na vida. Então, estamos nesta lista de maratonas que você precisa correr pelo menos uma vez antes de morrer.”