Preocupado com a repercussão da construção do campo de golfe para a Olimpíada de 2016, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, apresentou à imprensa nesta quarta-feira um “dossiê” com a intenção de justificar o empreendimento. O terreno está localizado na Barra da Tijuca, zona oeste, em uma Área de Proteção Ambiental (APA), onde é possível fazer construções sustentáveis.

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O Ministério Público (MP) tenta embargar as intervenções porque considera irregular a licença ambiental concedida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente que permitiu a invasão da obra sobre parte do Parque Marapendi, onde são proibidas construções.

“O Ministério Público tem o dever de investigar. Eles não conseguiram embargar as obras porque não apresentaram provas suficientes para convencer o magistrado”, argumentou o prefeito durante a apresentação, que durou cerca de duas horas.

Além disso, a promotoria do MP investiga se Paes estaria concedendo “vantagens excessivas e injustificadas” à empresa dona do terreno, que constrói um condomínio em torno do campo.

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Paes afirmou também que a Federação de Golfe Internacional (IGF, na sigla em inglês) foi responsável por decidir fazer o campo naquela área e não nos campos particulares existentes nos bairros do Itanhangá e Gávea.

Entre os motivos estão a proximidade entre o terreno e a Vila dos Atletas, e a possibilidade de criação do circuito de acordo com os parâmetros internacionais. O prefeito ressaltou, inclusive, que nos campos particulares o legado ficaria restrito aos sócios dos clubes.

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LEGADO – Paes exaltou o fato de o campo se tornar público por um período de 20 anos após os Jogos Olímpicos. Contudo, ainda não revelou como vai ocorrer o acesso da população ao local e não explicou como a área será administrada ao fim destes 20 anos.