Pratas da casa tentam salvar o Paraná

O ditado popular “santo de casa não faz milagre” não vale no Paraná Clube. Como aconteceu no estadual do ano passado, os grandes destaques da equipe este ano – apesar dos maus resultados – são garotos revelados nas categorias de base do clube. Além do meia Éverton, que começou a se firmar definitivamente no Brasileirão do ano passado, quem está se destacando são os volantes Éverton César e João Vítor, o zagueiro Fernando Lombardi e o polivalente Wiliam, que sentiu dores no joelho ontem à tarde e é dúvida para o clássico de domingo. Se ele não jogar, o também prata-da-casa Erivélton, entra em campo.

Fernando, em especial, tem tido um destaque ainda maior, principalmente em função da ineficiência do setor ofensivo paranista. Como o ataque não segura a bola, a defesa está tendo bastante trabalho. “O destaque, nesse caso, não é tão bom assim, pois mostra as deficiências da equipe. Quando um zagueiro se torna melhor em campo, é porque a defesa está trabalhando muito”.

Com o time fazendo uma má campanha, as boas atuações de alguns atletas também podem ser facilmente esquecidas. “Futebol é esporte coletivo e quando o time vai bem, todos acabam aparecendo. No Brasileirão fizemos boa campanha e a base foi negociada”, relembra Lombardi. Entretanto, quando o time vai mal, geralmente quem acaba pagando são os atletas que ficam. O próprio Lombardi, que fez alguns jogos na pífia campanha do estadual de 2003, mesmo entrando bem em algumas partidas, só se firmou como titular no estadual deste ano. “Tudo tem seu tempo. Eu precisava de uma continuidade para mostrar o meu valor. Estou conseguindo e espero que esse trabalho siga no Brasileirão, independente do que aconteça”.

As palavras do zagueiro tem a ver com o que aconteceu em 2003. Fernando ainda permanceu no grupo principal do Paraná, mas jogadores como o meia Wiliam, que foi um dos poucos que se salvaram no estadual, voltou para o juniores. “Foi chato porque já estava no ritmo do profissional. A gente lutou muito para manter o time na primeira divisão do paranaense e não pôde dar continuidade ao trabalho”, lamentou o jogador, que tem apenas 20 anos.

Este ano, antes de ser reintegrado ao profissional e se tornar um dos homens de confiança do técnico Saulo, o jogador ficou a serviço dos juniores. “Por causa da disputa da Copa São Paulo, nos juntamos ao grupo dez dias antes do estadual. Por isso, ao poucos estamos nos entrosando e certamente sairemos dessa incômoda posição”, diz o jogador.

Por falar em entrosamento, talvez seja por isso que Saulo esteja, agora, apostando nos meninos, que se conhecem há mais tempo. Afinal, se a técnica não está 100%, a força de conjunto e o ânimo da juventude podem fazer a diferença.

Paraná Clube espera por Leonardo para o ataque

O atacante Leonardo, que marcou sua passagem no Sport Recife e estava defendendo o Belenenses, de Portugal, ainda pode reforçar a equipe neste paranaense. Apesar de estar curtindo alguns dias de folga em Picos-PI, sua cidade natal, o jogador continua mantendo contato direto com a diretoria paranista. O acerto anunciado com o Sport não aconteceu, pois o jogador pretende defender um clube que dispute a primeira divisão do campeonato brasileiro.

“Não é bom entrar em detalhes para não atrapalhar a negociação. Mas ainda estamos conversando com ele”, garantiu o vice-presidente de futebol do Paraná Clube, José Domingos. Segundo informações vindas do Nordeste, o jogador se deu alguns dias de descanso em função de estar sem férias há 13 meses. Como não é um atleta tão jovem – está com 29 anos – ele optou para tirar uma semana de folga. A previsão é que ele volte a treinar em uma semana.

Enquanto aguarda a resposta do atacante, a diretoria tenta se virar como pode. Ontem o atacante Welington, que também havia sido dispensado na semana passada, esteve na Vila Capanema para acertar seu retorno. E a partir de hoje à tarde, o meia-atacante Fabrício, que tem os direitos federativos ligados ao União Bandeirante, passa a ser avaliado na equipe de juniores, pelo técnico Ary Marques. O jogador, de 20 anos, é irmão mais velho do atacante Nilmar, do Internacional, considerado uma das grandes revelações do campeonato brasileiro do ano passado.

Liberação

Até o final da tarde de ontem, o Paraná não tinha conseguido regularizar a documentação do meia-atacante Athos e do atacante Fábio, que estão treinando na equipe titular do Paraná Clube desde o início da semana. O técnico Saulo de Freitas está gostando do rendimento desses atletas e espera contar com eles. “Pelo que me passaram, a situação estará regularizada amanhã (hoje)”.

Se isso não acontecer – o nome dos atletas tem que constar no BID da CBF de hoje – não haverá tempo hábil para inscrevê-los na rodada.

Caso não possa contar com Athos e Fábio, o técnico Saulo terá um pepino nas mãos, pois de antemão sabe que não poderá contar com o meia Jean Carlo e também pode ficar sem o atacante Vandinho, que se recupera de problemas musculares. O prata-da-casa fez corrida leve na tarde de ontem, mas ainda não recebeu a liberação para o jogo.

Já Jean Carlo foi vetado pelo treinador. Com problemas musculares, o jogador não pôde treinar nos primeiros dias do início da semana e Saulo quer jogadores que estejam 100% para a partida contra contra o Atlético. “Ele não está bem fisicamente e se jogar, pode se queimar. E não queremos isso, pois ele é jogador importante para o plantel, também para a seqüência do brasileirão”, justificou.

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