Pratas da casa passam de torcedores a estrelas

Esta é a trajetória feita por alguns jogadores que hoje à tarde entram em campo para o primeiro Atletiba da decisão. É o caso dos atleticanos Alan Bahia e Jádson e do coxa-branca Adriano.

A dupla atleticana teve a oportunidade de acompanhar das arquibancadas as duas últimas decisões em Atletibas, em 98 e 2000. Nas duas oportunidades, o Atlético levou a melhor e ficou com o título. “A gente era juvenil e não perdia um jogo do Atlético. Como já jogávamos pelo clube, torcíamos com toda a empolgação. Era maravilhoso ficar no meio da galera”, diz o volante Alan Bahia. Hoje, entretanto, a história será um pouco diferente. A vibração terá que partir de dentro de campo. Afinal, hoje Alan é um dos grandes destaques defensivos do time. “Torcer é emocionante, mas jogar é muito mais. Envolve a responsabilidade de fazer a alegria da torcida. É gratificante”.

O lateral-esquerdo Adriano, do Coritiba, que era infantil em 2000, não pôde acompanhar a grande final em Atletiba daquele ano, pois estava de férias. Mas esteve em praticamente todos os jogos do ano na arquibancada, torcendo pelo Verdão. “Quando a gente está começando, vivendo o dia-a-dia do clube, não tem como não torcer. E é um modo de aprender também, assistindo aos jogadores mais experientes em ação”, diz.

Em apenas quatro anos, o garoto que dava os primeiros chutes entra em campo hoje como o nome que pode desequilibrar o jogo em favor do Coritiba. Com suas arrancadas e cruzamentos perfeitos, ele é uma das grandes esperanças da torcida, mas garante que não imaginava que chegaria onde está tão rápido. “Eu estive para ser dispensado em 2000, mas o clube me deu uma última chance. Aquilo me fortificou e passei a lutar muito. O prêmio acabou vindo mais cedo que eu esperava”, diz.

Com 19 anos, Adriano parte para sua segunda final de campeonato. No ano passado, ele foi titular absoluto na conquista do título invicto sobre o Paranavaí. Entretanto, mesmo já tendo passado por uma experiência de final de campeonato e estar disputando uma Libertadores da América, Adriano não esconde a emoção de decidir o campeonato em um Atletiba. “É tudo diferente. O clássico mexe com dois times de Curitiba, de grande torcida. É um grande espetáculo e é maravilhoso poder fazer parte dele”, conclui.

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