Solução para o problema?

Pratas da casa do Atlético estão fazendo a diferença

Os jogadores revelados no Atlético vão na contramão das grandes contratações e dão provas que investir em jovens talentos criados em casa podem ser a solução para tirar o time da má fase. Em 16 jogos, o Furacão somou apenas 13 pontos. Mas deste total, nove foram garantidos com participação direta de jogadores que vieram das categorias de base. Números que representam 69% dos pontos conquistados até aqui pelo clube.

Na lista dos artilheiros prata da casa estão Manoel, com dois gols, Fransérgio e Edigar Junio, um gol de cada. Também está no seleto grupo o volante Kléberson, com dois gols, jogador que é o mais velho desta turma, mas que foi revelado pelo Furacão na década passada, estreando no profissional em 1999. O quinteto foi autor de seis dos nove gols marcados na sequência de quatro jogos sem derrota que o Furacão acumulou nas últimas rodadas, com duas vitórias e dois empates.

E com tão bom aproveitamento, os jogadores criados na base mostram que apostar na juventude pode dar melhores resultados que os altos investimentos em nomes de fora. Um bom exemplo de que pagar caro pode demorar a dar retorno é o atacante uruguaio Santiago “Morro” García. O jogador é a contratação mais cara da história do futebol paranaense (cerca de R$ 8 milhões), mas ainda não desencantou.

O jovem atacante, de 20 anos, marcou duas vezes, mas está longe de ser o artilheiro que foi no Campeonato Uruguaio 2010/2011, chamando a atenção do Atlético. Ele tem uma média de 0,22 gol por partida, índice muito abaixo do esperado. Porém, os gols vieram em boa hora e deram ao time a primeira vitória no Brasileirão, contra o Botafogo, que iniciou a reação da equipe, fator que não pode ser menosprezado.

Mas diante do São Paulo, na noite de sábado, mais uma vez o uruguaio não foi bem, passou em branco e não conseguiu ajudar o Atlético no empate em 2 x 2. Pela atuação ruim, o atacante acabou virando “vítima” até mesmo da imprensa paulista. Além de não conseguir receber boas jogadas, quando teve a oportunidade de mandar para as redes, não conseguiu ser feliz.

O técnico Renato Gaúcho já demonstrou seu descontentamento com o jogador. Nos oito jogos que comandou o Furacão, colocou Morro como titular, mas acabou o substituindo. Renato segue insistindo que precisa de mais um homem de referência. A diretoria corre atrás deste nome, mas está com dificuldades para suprir a necessidade. Até Fred, do Fluminense, já foi procurado, mas a negociação não engrenou.

E se a boa campanha de reação está diretamente ligada aos pratas da casa, é lá na base que a diretoria e a comissão técnica do Furacão podem encontrar a solução para falta de bons atacante no mercado.

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