Chegou ao fim nesta sexta-feira uma das carreiras mais vitoriosas do esporte brasileiro. Aos 42 anos, Márcio Araújo, prata com Fábio Luiz nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, se retirou oficialmente do vôlei de praia. A despedida foi com derrota nas oitavas de final do Open de Fortaleza, etapa do Circuito Mundial jogada exatamente na sua cidade natal.

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“Vivi muitas emoções. Foram emoções demais, vividas em todos os lugares, em todos os tipos de nível de competição. A Olimpíada de Pequim foi um marco na minha carreira, como foi também a minha primeira Olimpíada, em 2004, com o Benjamin. Foram blocos de momentos que foram transformando a minha vida no atletas que eu sou. Isso foi me fazendo o atleta que eu sou hoje”, lembra Márcio.

Ele começou a carreira como parceiro de Reis Castro, depois consagrado como treinador de Juliana e Larissa, mas começou a ganhar destaque com Benjamin, seu parceiro de 1999 até os Jogos de Atenas, em 2004. Com Benjamin, faturou o bronze no Mundial de 2003, disputado no Rio.

A partir de 2005, Márcio Araújo jogou com Fábio Luiz, formando a parceria de maior sucesso da carreira, campeã mundial já naquele ano. A consagração veio em Pequim, numa surpreendente vitória sobre Ricardo/Emanuel na semifinal dos Jogos. Na final, uma derrota em três sets para Rogers/Dalhausser, dos EUA.

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Desde aquela conquista, o veterano atuou com Ricardo, novamente Benjamin, e Pedro Solberg. Não conseguiu a vaga nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, mas adicionou mais uma medalha de Mundiais à sua coleção, a prata de 2011, em Roma.

Quando a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) formou uma seleção nacional, em 2013, deixou Márcio Araújo fora de comparação e quebrou a dupla que ele formava com Ricardo. Depois disso, ele teve dificuldades para conseguir correr o Circuito Mundial. Jogou com Thiago, Ricardo e Fábio Luiz. No fim da carreira, tentou a sorte com Saymon e Luciano, encerrando sua trajetória em dupla com este último.

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